Nem mesmo a luz do sol intimida os assassinos

Matadores não se intimidaram com o vaivém de pessoas e carros na Rua Pedro Gusso, Vila Nossa Senhora da Luz (CIC), e executaram, em plena luz do dia, Antônio Aparecido Raimundo, 42 anos. Ele foi morto com quatro tiros, em frente à sua loja de venda de telefones celulares, por dois homens. De acordo com os levantamentos realizados por policiais militares e civis que compareceram ao local, o comerciante foi assassinado em decorrência de alguma rixa antiga. Foi descartada a hipótese de latrocínio (roubo com morte), porque nada foi levado da vítima. Antônio contava com antecedentes criminais, segundo a PM, por assalto e receptação. No local houve comentários sobre um possível envolvimento da vítima com o tráfico de drogas, fato que a polícia irá investigar.

Conforme informações do sargento Verbanek, do 13.º Batalhão da PM, a vítima estava fora da loja quando foi abordada pelos indivíduos, que desciam a rua. Na aproximação, um deles sacou uma pistola 380 e disparou vários tiros em direção a Antônio. O comerciante foi alvejado no peito e caiu sem vida na calçada. Em seguida, os matadores saíram correndo a pé.

De acordo com o PM, a vítima saiu recentemente da prisão, o que leva a supor que um desentendimento antigo, dentro da cadeia, pode ser o motivo para o crime. Apesar de vários curiosos e da constante movimentação de pessoas pelo local, não foram passadas informações sobre os assassinos aos policiais que atenderam à ocorrência. ?Disseram apenas que estavam vestidos com camisetas vermelhas e fugiram a pé?, relatou o sargento. A Vila Nossa Senhora da Luz é uma região relacionada ao tráfico de drogas e por isso as pessoas preferem não dar informações à polícia no local de crime. Impera a ?lei do silêncio?. O que fica é apenas o sofrimento de familiares da vítima, explicitado na imagem da esposa que, bastante abalada, em nenhum momento saiu do lado do marido morto.

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