Mulher joga bebê no rio em Cascavel

Assim que saiu do internamento no Hospital Universitário de Cascavel, Lídia de Souza, 26 anos, deve seguir direto para a cadeia. Ela está sendo acusada de infanticídio, por matar a própria filha logo após o parto, na noite da última segunda-feira. Assim que a criança nasceu, Lídia enrolou a menina em sacos plásticos e a arremessou dentro do Rio Quati, no bairro XIV de Novembro.

Segundo contou o delegado José Carlos Guglielmetti, Lídia teria feito o parto sozinha em sua casa, escondido da família. Assim que a menina nasceu, por volta das 22h30 de segunda-feira, vizinhos viram quando Lídia saiu de casa com um saco plástico e o atirou no Rio Quati.

Logo descobriram que tratava-se do bebê recém-nascido e alertaram os familiares. A polícia também foi acionada mas teve que interromper as buscas no rio, pois não conseguia enxergar nada na escuridão. Lídia foi encaminhada ao hospital para os cuidados pós-parto e segue internada. Ontem pela manhã, o Corpo de Bombeiros iniciou buscas e encontrou a criança.

Laudos

Inicialmente, Lídia alegou à polícia que havia caído da bicicleta pouco antes de parir e que, por conta disso, a criança não sobreviveu. A versão dela foi abaixo quando um exame de docimasia respiratória (que averigua as condições do pulmão do cadáver), feito no Instituto Médico-Legal de Cascavel, ontem pela manhã, revelou que a criança havia nascido bem. Também comprovou que a menina foi asfixiada pela mãe antes de ser lançada no rio.

Por conta do laudo, Lídia deverá ser presa assim que receber alta do hospital, o que pode ocorrer hoje ainda. Enquanto isso, permanece internada sob escolta policial. O crime de infanticídio – matar sob a influência do estado puerpueral (pós-parto) – pode dar entre dois a seis anos de prisão à mãe.