Mulher é vítima do golpe de financeira

A catadora de papel Sueli Ribeiro, 37 anos, pode ser a primeira vítima da financeira Proam Habitacional, em Curitiba. Sueli estranhou o fato de o boleto de sua prestação com a empresa ter chegado mais cedo este mês e resolveu telefonar para o escritório da Proam. “Geralmente a conta chega no dia 10, estranhei quando recebi ontem a fatura em casa.” Como ninguém atendia aos seus telefonema, Sueli resolveu ir até o escritório da financeira. Ao chegar no local, a catadora de papel teve uma surpresa. O escritório estava abandonado com um aviso de “fechado temporariamente” e um telefone de São Paulo para informações. Sueli diz que já havia pago uma parcela de R$ 400 e mais 5 parcelas de R$ 76,78. “Eles ficaram de me liberar um crédito de R$ 10 mil até o dia 30 de julho para que eu pudesse quitar minha casa própria. Estou desesperada. Trabalhei muito duro por esse dinheiro”, conta.

A reportagem ligou para o telefone indicado no escritório mas não conseguiu nenhum contato. Na Delegacia de Estelionato e Roubo de Cargas, a informação era de que ainda não havia sido prestada nenhuma queixa contra a empresa. No entanto, segundo o delegado Cícero José, um representante da Proam Habitacional chegou a ser autuado há cerca de três meses. “Ele estava oferecendo empréstimos de maneira irregular, sem autorização do Banco Central”. Caso a fraude se confirme, o delegado pede às pessoas que se sentirem lesadas que procurem a delegacia.

Se em Curitiba o caso de Sueli é o primeiro, em São Paulo a Proam Habitacional tem um histórico de “problemas” com os tomadores de empréstimo. A empresa aparece inclusive na página do Procon de São Paulo como uma das 67 empresas de sociedade em conta de participação, as chamadas crédito fácil, que contam com ação judicial instaurada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo.

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