Mulher contesta versão da morte do filho

A reportagem da Tribuna entrou em contato, na manhã de ontem, com Elza da Silva, para que ela prestasse esclarecimentos sobre a morte do filho, Leandro Gomes da Silva, 20 anos, fato ocorrido em junho deste ano. Elza discorda do conteúdo da reportagem publicada no jornal sob o título ?Mata junto a fogueira? – edição de 9 de junho. Segundo ela, o filho trabalhava como servente de pedreiro e não tinha vícios ou qualquer envolvimento com o tráfico de drogas. ?Também não cheirava tíner (solvente) como foi divulgado na matéria?, afirmou Elza. Leandro foi assassinado na continuação da Rua Reinaldo Richter, que margeia a invasão no Jardim Santos Andrade, bairro Campo Comprido.

Elza relatou que no dia do crime Leandro saiu de casa (Vila Malvinas) para visitar a namorada. No trajeto, um garoto de 13 ou 14 anos se aproximou e cometeu o assassinato. A morte teria sido encomendada por uma mulher (cujo nome não foi revelado) que teria pago R$ 50,00 ao matador. Vingança seria a motivo. Segundo Elza, essa mulher, que mora no Jardim Santos Andrade, também foi a responsável pela morte do filho mais novo dela, Leonardo, de 8 anos, que foi queimado há nove anos.

A desavença entre as mulheres nasceu em virtude de uma briga pelo terreno no qual Elza mora atualmente, na Rua Dr. Celso Luiz Peixoto Ribas, 4. ?Ela sempre quis esse terreno. Quis morar aqui e eu não deixei?, contou Elza, complementando que, antes da morte dos filhos, ainda recebeu uma ameaça. ?Você vai pagar bem caro?, teriam dito para ela.

Mortes

Elza ainda tem um casal de filhos e receia pela vida deles. ?Tenho medo que acabem matando meus filhos. Se ela quer uma vingança comigo, mate eu (sic) e não mate meus filhos. Ela sabe que matando meus filhos, ela destrói eu (sic)?, comentou.

Elza afirmou que já registrou queixa na Delegacia de Homicídios, mas apesar das ameaças, que continuam ocorrendo, ela diz que não vai sair do terreno. ?Eu tenho medo, mas não quero mudar. Se for vender aqui não dá para comprar outra casa?, explicou. Elza mora no local há 12 anos.

Em contato com a Delegacia de Homicídios, o delegado Jaime da Luz informou que o caso Leandro ainda está sob investigação.

Voltar ao topo