Mulher assassinada. Marido é o principal suspeito

Um telefonema do próprio marido comunicou o fim da vida de Marli de Oliveira Batista, 28 anos. Vítima de espancamento, a moça foi encontrada morta dentro de casa às 22h de segunda-feira, na Rua Professor Alfredo Valente, Jardim Gramado, em Almirante Tamandaré. O companheiro disse que ele e a mulher foram vítimas de assaltantes, mas a polícia desconfiou da versão e considera o marido o principal suspeito do assassinato.

Nascimento Pego de Oliveira ligou para a cunhada às 21h30, contando uma estranha história. Num breve contato através de telefone público, ele disse que foi roubado e mantido como refém por assaltantes, que mataram Marli. Um dos fatos que intrigaram a polícia foi o sumiço do marido logo depois do crime. “Ele não apareceu e não há informações sobre ele”, disse ontem de manhã o sargento Eloir, da PM de Tamandaré. “Além disso, a casa estava trancada e sem as chaves, e Nascimento parecia nervoso ao telefone, segundo o concunhado”, acrescentou o policial. Marli foi morta com pancadas desferidas principalmente na cabeça – um pedaço de madeira manchado de sangue, encontrado na banheiro, foi apreendido pela polícia. Foi a provável arma utilizada pelo assassino.

Na manhã de segunda, Nascimento teria aparecido na casa da irmã dela com o filho de nove anos, dizendo que sairia em busca de emprego. À noite, telefonou para a mesma irmã dizendo que Marli estava morta.

Preventiva

Segundo o delegado Germino Marques Bonfim da delegacia de Almirante Tamandaré a autoria do crime já é conhecida. “Certamente foi Nascimento quem matou a própria mulher, pois logo após o crime ele fugiu. Nós estamos à procura dele. Um inquérito será instaurado e a prisão preventiva será decretada”, afirmou o delegado. De acordo com as investigações policiais, o casal teria vindo há cerca de 20 dias da cidade Primavera do Oeste, Mato Grosso do Sul, para morar em Almirante Tamandaré. Nascimento, que é natural da cidade de São Paulo, também havia morado no Paraguai e em Guaíra, Noroeste do Estado. “Acredito que ele tenha voltado para São Paulo ou para Mato Grosso”, concluiu Germino.

O delegado também afirmou que a morte de Marli não tem nenhuma relação com os assassinatos que vêm ocorrendo na cidade, pois trata-se de um crime com autoria conhecida.

Voltar ao topo