Durante as comemorações da vitória do Brasil no seu primeiro jogo na Copa do Mundo, o pedreiro José Salvino da Silva, 35 anos, foi baleado. No início da noite de ontem, ele foi morto em frente a uma das residências da Rua Manoel Gonçalves Pires, Jardim Perdizes II, no Atuba, em Pinhais.
Apesar de haver vários moradores na rua, comemorando o resultado da seleção, a polícia não conseguiu testemunhas que dessem informações sobre o crime. O soldado Filho, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, constatou que o pedreiro andava na rua, quando foi surpreendido.
No entanto, não se sabe quantos eram os assassinos, nem como abordaram a vítima. Isaías Salvino da Silva, irmão de José, acredita que o pedreiro tenha sido atraído numa tocaia para ser morto. Ele supôs que alguém, já planejando o assassinato, chamou José até aquela rua, onde os marginais já o aguardavam.
Drogas
Isaías ainda contou que o irmão era viciado em crack. No entanto, ele não acredita que o vício seja o motivo da morte. Ele acha que o crime pode ter sido cometido a mando de alguma mulher, pois José gostava de namorar. O pedreiro era tido como trabalhador e era benquisto pelos amigos na região. Ele não tinha passagens pela polícia.
A mãe de José confirmou a suspeita de confusão com alguma mulher. Ela estava no local do crime e, aos prantos, dizia em voz alta: “ela vai pagar por isso. Levei esse filho por nove meses na minha barriga e o criei com carinho. Ela não sabe a dor que sinto agora”. A família Salvino tem 10 irmãos. José era o caçula dos filhos homens. Era separado e tinha quatro filhas mulheres. Morava nas redondezas de onde foi morto.