Cinco reais. Este foi o preço da vida de Isaías Alves Bonfim, 27 anos, mais conhecido como “Chineleiro”. Ele foi morto sábado, com um tiro no peito, na Rua Nossa Senhora Aparecida, bairro Cercadinho,em Campo Largo. “Chineleiro” foi cobrar uma dívida de Valcir Barbosa Aguiar, que estava bebendo num bar próximo ao local do crime. Testemunhas viram instantes depois Valcir e seu pai, Jorge Barbosa de Aguiar, perseguindo a vítima. A Policia Militar não soube identificar qual dos dois efetuou o disparo. Apesar das buscas feitas, nenhum deles foi encontrado.
Conforme a PM, familiares disseram que o autor do tiro foi Valcir. Já populares que testemunharam o homicídio acusaram Jorge de ser autor. O superintendente da delegacia de Campo Largo, Nelson Bastos, informou que no final da tarde de sábado Jorge ligou de um telefone público para a delegacia confessando a autoria. “Ele disse que vai se apresentar com a arma do crime na terça-feira pela manhã”, afirmou, destacando que Jorge é carpinteiro e tem 56 anos.
Banhado
O corpo de “Chineleiro” foi encontrado por policiais militares por volta de 14h45. Ele estava num banhado próximo à Rua Nossa Senhora Aparecida. “Quando o encontramos ele ainda estava agonizando. Mas com um tiro no peito logo veio a óbito”, contou o soldado Lucas, primeiro a socorrer a vítima. Segundo ele, “Chineleiro” estaria envolvido com o tráfico de drogas na região e supostamente teria ido cobrar um dívida de R$5,00 de Valcir. Ao lado do corpo foram encontrados um facão e uma chave de venda. Entretanto o policial não sabia se as armas eram da vítima ou se alguém havia colocado ali para tentar incriminá-lo. “Só vi um pedaço de pau em sua mão”, contou Lourdes Malaski, proprietária do bar onde Valcir estava antes do crime. Ela contou que Valcir, que era seu freguês, estava embriagado. “O pai dele é evangélico e não vinha aqui. Já o rapaz que morreu eu nunca havia visto”, contou, destacando que chegou a ouvir um disparo.