Frequentadores do Parque Barigui acharam o corpo de um homem, em meio à vegetação seca, a alguns metros da churrasqueira número 13, na área norte. Ao lado estava a marreta usada na execução. Eram 15h de sexta-feira (30) e muitas pessoas aproveitavam céu limpo e ensolarado para fazer exercícios. Algumas chamaram guardas municipais que fazem a segurança do parque e apontaram onde o cadáver estava. Na grama, entre o mato e a churrasqueira, havia rastro de sangue, demonstrando que a vítima foi assassinada e depois foi arrastada para o mato.
“Tinha um ferimento bem grave na testa. Provavelmente foi a marretada fatal. Moradores de rua disseram que o crime aconteceu de madrugada, pouco depois da meia-noite”, relatou o guarda municipal Provin. O homem aparentava cerca de 40 anos e vestia calça jeans azul, camiseta branca, jaqueta azul e tênis amarelo. Até a noite, o corpo continuava no Instituto Médico-Legal, sem identificação.
Trio
Investigadores da 3.º Delegacia de Homicídios estiveram no parque durante a tarde, com peritos do Instituto de Criminalística. De acordo com os policiais, a vítima morava na rua e foi morta por outros três andarilhos, que roubaram R$ 20 e um celular que ele carregava.
“Um morador de rua que vive no parque há anos disse ter visto a cena. Contou que os três queriam roubar a vítima. Diante da resistência, atacaram-na com a marreta. Temos indícios do rumo da fuga deles e vamos trabalhar para identificá-los o quanto antes, tendo em vista que, segundo as testemunhas, eles tinham intenção de deixar a cidade”, declarou o delegado Danilo Zarlenga.
Indignação
O policial demonstrou indignação com a aparente banalidade do latrocínio (roubo com morte). “Mataram por causa de pouco dinheiro e um celular, é bastante absurdo”, comentou. Vários frequentadores, que passavam pelo local, quiseram ver o corpo, temendo ser do morador de rua barbudo, que sempre fica naquela parte do parque. Ficaram aliviados ao ver o homem vivo, prestando depoimento à polícia.