Metalúrgico que matou Alexandra Bernardi continua foragido

Sem saber que suas vidas mudariam radicalmente depois da festa de aniversário da qual participavam, Leandro Machado Mota, 29 anos, e Agnaldo Santos posaram sorridentes para a última fotografia no interior do Bar Bangaloo, na esquina da Avenida Marechal Deodoro com a Rua General Carneiro, no centro da cidade. Horas depois, eles se envolveram no assassinato da estudante Alexandra Bernardi, 24 anos.

Leandro foi retirado do bar por seguranças após se envolver em confusão com outros convidados. Pouco depois, retornou armado e atirou em direção ao grupo, onde estavam seus desafetos, matando Alexandra e ferindo os amigos dela Samuel Ferreira da Silva, 25, e Silvia Renata dos Santos, 19.

O crime aconteceu no dia 2 de abril. Dois dias depois, Leandro se apresentou na Delegacia de Homicídios, levando a arma do crime, um revólver calibre 38 com numeração lixada. Confessou ser o autor e contou que fechou os olhos para atirar. No dia seguinte, Agnaldo se apresentou. Ele estava no carro junto com Leandro e mais duas pessoas. Ambos foram interrogados e liberados pela Delegacia de Homicídios.

O fato de a polícia não ter solicitado a prisão de Leandro à Justiça fez com que amigos da estudante se revoltassem e realizassem um protesto.

A situação também mobilizou o promotor de Justiça Sérgio Markowicz de Lima, que pediu a prisão preventiva dos dois envolvidos. Leandro, que trabalhava como metalúrgico e tinha residência fixa, não esperou para ser preso e desapareceu. Até ontem, continuava foragido. Há notícias de que ele estaria em São Paulo. Agnaldo foi preso no dia 9, por policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e está recolhido no Centro de Triagem.

Fuga

A fuga de Leandro causou revolta nos amigos de Alexandra, que exigem que providências sejam tomadas, para que a Justiça seja feita. Após o crime, o delegado Maurílio Alves, que presidia o inquérito e não pediu a prisão dos jovens, alegando não ter visto necessidade para tal providência, foi transferido para a Delegacia de Furtos e Roubos (DFR).

A Corregedoria da Polícia Civil instaurou procedimento para apurar se houve negligência por parte do policial.

O delegado titular da Homicídios, Adonai Armstrong, assumiu a presidência do inquérito. Quem souber o paradeiro de Leandro deve avisar a polícia através do telefone 190 ou a delegacia mais próxima.

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