A ajuda da população levou um adolescente de 17 anos a ser detido pela Polícia Militar, pouco depois de ter cometido um homicídio em Araucária, na tarde de sábado. A vítima sequer estava identificada no Instituto Médico-Legal (IML) e o acusado já estava na delegacia, juntamente com a arma do crime. O garoto confessou que matou o desconhecido porque este o vinha ameaçando. A vítima não tinha documentos e até ontem ninguém havia comparecido no IML para identificar o corpo.
O sujeito foi assassinado a tiros num terreno da Rua Alagoas, no Parque Cachoeira, em Araucária, por volta das 15h de sábado. Testemunhas viram quando um Escort branco saiu do local após os tiros e anotaram a placa, CNW-5463, de Curitiba. Pouco antes das 20h, uma equipe da Rondas Ostensivas de Naturezas Especiais (Rone), da Polícia Militar, localizou o veículo e iniciou um acompanhamento. Quando o adolescente chegava em casa, no Jardim da Ordem, no Tatuquara, para devolver o carro que emprestou de um vizinho, os policiais o abordaram.
Confissão
No carro estavam um revólver calibre 32, com duas cápsulas deflagradas, possivelmente usadas no homicídio, e mais quatro indivíduos. Todos foram levados à delegacia. O adolescente confessou o crime e os outros foram liberados. O garoto diz que sofria ameaças da vítima, mas não explicou o motivo. Na versão apresentada à polícia, o homicida disse que não tinha intenção de matar. Comprou o revólver, pediu o carro emprestado ao vizinho para dar uma volta em Araucária, onde já residiu, e encontrou seu desafeto na rua. Acabou decidindo matá-lo. Apesar de o garoto alegar uma casualidade, a polícia deverá investigar a hipótese de premeditação.
A vítima, um jovem branco e alto, de olhos verdes, aparentava ter entre 20 e 23 anos. Usava camisa de algodão azul, calça jeans e uma calça de agasalho preta, cinto de lona marrom, tênis cinza e meias verdes. A delegacia de Araucária recebeu uma informação de que o homem pode se chamar Juliano.