Matadores de PM estão soltos

Quatro dos sete acusados no latrocínio (roubo com morte) que vitimou o policial militar Rodinei Herreira Witzel, 39 anos, em 19 de agosto, foram soltos na última quarta-feira. Com alvarás de soltura expedidos por juízes das comarcas de Colombo e Pinhais, Valdir Gomes Fonseca, 34; Nivaldo Silva de Jesus, 38; Edvaldo Silva, o "Monstro", 30; e Jorge Silva de Jesus, 40, ganharam as ruas e responderão ao processo em liberdade. Eles estavam presos na delegacia do Alto Maracanã.

Na época do crime, Alessandro Silva Lemes, 18 (ainda preso), confessou ter atirado em Witzel. Eles disseram que procuravam por um veículo Marea, encomendado por Severino Barbosa da Silva, 72, dono de um ferro-velho na Rua Abel Scuissiato, Alto Maracanã, que estava em posse de um outro Marea, baixado pelo Detran, dentro de seu ferro-velho. Os bandidos, em busca da "encomenda", encontraram o Marea do policial estacionado em frente a um aviário, no Jardim Campo Alto, em Colombo. Sem saber que o dono do carro era um PM, que por trabalhar no serviço reservado estava à paisana, eles tentaram levar o veículo. Witzel reagiu ao assalto e morreu atingido por oito tiros. Robson Aurélio Pessoa, 20, (preso) foi baleado na perna por Witzel, e ficou durante um tempo internado no Complexo Médico Penal, em Piraquara, para tratamento.

No dia 30 de agosto, também foi preso Ezequiel Miguel dos Santos, 19, contratado por "Monstro" para roubar um Pálio.

A "encomenda" acabou em morte para a bancária Vanessa Barreto Mezzomo, 43, dona de um Pálio, que ao ser seqüestrada por Ezequiel assustou-se e bateu o carro na Avenida Victor Ferreira do Amaral e morreu na hora. "Monstro", o autor da "encomenda", foi preso um dia antes. A quadrilha responde por latrocínio (roubo seguido de morte), formação de quadrilha e porte ilegal de arma.

Ameaça

Segundo o superintendente Valdir Bicudo, do Alto Maracanã, a mãe do preso Robson Aurélio Pessoa, baleado pelo policial Witzel, solicitou que seu filho fosse transferido da delegacia do Alto Maracanã para um local mais seguro. Com o pedido acatado pelo juiz, Robson foi levado à Casa de Custódia de Curitiba. Segundo Bicudo, a mãe disse ao juiz que estava sendo ameaçada e perseguida em sua casa e que seu filho corria risco de morte na delegacia. Robson permanece preso.

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