Matador em série capturado no Cajuru

Mais de 60 policiais civis e militares tomaram as ruas do Cajuru, na tarde de ontem, durante uma operação de combate à criminalidade. Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão e sete pessoas foram presas, sendo quatro em flagrante. Entre os detidos está Marildo Moreira da Silva, 35 anos, acusado de ter cometido pelo menos 20 homicídios.

Através de denúncias ao telefone 181, de informações apuradas pelos investigadores da Delegacia Antitóxicos (Datox), e pelo geoprocessamento (mapeamento de crimes que define locais e horários críticos), os policiais levantaram o endereço de alguns suspeitos.

A operação, denominada Fênix, começou na semana passada com o policiamento velado na região e, ontem, foram cumpridos os mandados. "As casas vistoriadas estão em pontos críticos do bairro, relacionados à violência, ao tráfico de drogas, homicídios e porte ilegal de arma", disse o delegado Alfredo Dib Júnior, titular da Datox.

Entre os presos então Aparecido Dias Ferreira, 40; Francisco Alves da Silva, 28; Fernando da Silva Santos, 26. Com Francisco a polícia apreendeu celulares, relógios, correntes, duas buchas de maconha e treze pedras de crack. Os objetos teriam sido trocados por droga. O nome dos outros três presos não foram divulgados pela polícia.

Violência

Para o delegado titular da Divisão de Narcóticos(Dinarc), Osmar Dechiche, o bairro Cajuru é um dos mais violentos da cidade devido o tráfico de drogas. O delegado afirmou que os policiais permanecerão na região, por tempo indeterminado. Em janeiro deste ano, a violência que assola o bairro chegou ao ápice. Naquele mês, pelo menos 13 pessoas foram assassinadas e outras quatro feridas, o que representou a média de um atentado contra a vida a cada dois dias.

Dezenas de mortes

Durante a operação, a polícia chegou até Marildo, que era procurado tanto pela Antitóxicos quanto pela Delegacia de Homicídios. Ele é acusado de estar envolvido em dezenas de mortes ocorridas no Cajuru. Com ele, foi encontrada uma pistola calibre 380, que seria furtada de uma loja de armas, e diversas munições de procedência mexicana, húngara e tcheca. "Ele é considerado um indivíduo de alta periculosidade e foi um grande serviço à sociedade tirá-lo das ruas. Ainda não sabemos como ele conseguiu estas munições", disse Dib.

Marildo alegou que comprou a arma como forma de se proteger da violência que assola o bairro e afirmou que trabalha como cabeleireiro. "Já cumpri pena por uso e tráfico de drogas e porte ilegal de arma. Não devo mais nada à Justiça", afirmou Marildo.

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