Mata, esquarteja e cozinha o amante

Matar, esquartejar, cozinhar e assar o corpo. Foi assim que a professora Romilda Manske, 48 anos, se livrou do amante, de 23 anos. Cansada de apanhar, ser ameaçada e estuprada, conforme relatou à polícia, Romilda matou Joel Ferreira da Silva na noite de 11 de janeiro passado, em Itapoá (litoral de SC). Depois, a assassina confessou ter passado dez dias preparando o corpo para não deixar evidências do crime. O homicídio só foi descoberto anteontem. Até então, Joel era dado como desaparecido.

Romilda levou dois dias esquartejando o cadáver, dentro do banheiro da casa onde eles moravam. Trabalhou sozinha, usando uma simples faca de cozinha e martelo, conforme contou à responsável pela delegacia de Itapoá, investigadora Marlene Padilha Fiamoncini. Depois, saiu carregando uma sacola com alguns pedaços, para desovar, mas desistiu ao perceber que deixava rastros de sangue. Resolveu, então, cozinhar para separar a carne dos ossos, eliminar o sangue e o mau cheiro. Durante oito dias, pacientemente, Romilda cozinhou os pedaços do amante e guardou na geladeira. Cabeça e pés, que ela não conseguiu picar, foram assados no forno e posteriormente esmigalhados. Terminado o serviço, a assassina espalhou os restos em terrenos baldios. A perícia policial já encontrou alguns ossos nos locais indicados pela professora.

Ameaças

Ontem, Romilda foi levada a prestar depoimento na 3.ª DP de Joinville. Da delegacia, onde teve prisão preventiva decretada, foi levada para o presídio da cidade. Ela é formada em Pedagogia e dá aulas na rede pública estadual. No ano passado, tinha prestado queixa na delegacia local contra o companheiro, relatando ameaças e agressões de Joel.

A professora contou que na noite do crime, Joel chegou em casa bêbado e forçou-a a fazer sexo, com uma faca no pescoço dela. Ele teria dito, ainda, que ia matá-la. Depois que o amante dormiu, Romilda tentou sair de casa, mas percebeu que Joel tinha tirado a chave da porta. Com o barulho, ele acordou e novamente partiu para cima dela com a faca. Na briga, a arma caiu e quando ele se abaixou para pegá-la, Romilda o atingiu na cabeça com uma banqueta de madeira. Bastaram dois golpes para que o homem caísse desacordado e ensangüentado.

Esquartejado

Ainda de acordo com o depoimento de Romilda, ela pulou a janela e passou um bom tempo fora de casa. Ao voltar, constatou que o amante estava morto. A partir daí, começou o processo de esquartejamento do corpo.

O casal não tinha parentes em Itapoá. Os dois são de Cascavel e, de acordo com Romilda, estavam juntos há dois anos. Ele trabalhava para a professora em uma casa que ela estava construindo no balneário. Depois do crime, Joel foi dado como desaparecido e a mãe dele chegou a ir a Itapoá, onde registrou boletim de ocorrência do desaparecimento.

Um telefonema anônimo levou a polícia da cidade a elucidar o homicídio. Romilda já era suspeita, mas não havia provas do crime. Detida na quarta-feira, ela confessou e contou toda a história, que repetiu no depoimento de ontem em Joinville. “Fiz o que ele ia fazer comigo”, justificou.

Voltar ao topo