Maníaco é condenado a 37 anos de prisão

O assassino do menino Renato Renan Poronizak foi condenado a 37 anos de prisão na última quarta-feira, em Francisco Beltrão, região sudoeste do Paraná. José Airton Pontes foi transferido para o Centro de Detenção e Ressocialização (CDR) de Piraquara enquanto aguarda julgamento de outro crime, desta vez pelo estupro e morte da menina Jéssica Moraes de Oliveira, em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele é acusado de ter violentado e assassinado pelo menos 30 crianças em dez estados brasileiros.

Ontem, Pontes não quis prestar depoimento e foi condenado por unanimidade pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, atentado violento ao pudor e falsidade ideológica. O assassinato do menino Renato, que tinha sete anos, aconteceu em 2005 no município de Marmeleiro, próximo a Francisco Beltrão.

O promotor do caso, Fabrício Trevizan de Almeida, acredita que a pena tenha sido adequada. “Para um crime terrível como este houve uma pena justa. Ele se aproveitava de crianças pequenas, tudo indica que oferecendo doces. E nesse caso a Polícia Civil teve um papel fundamental, com um inquérito perfeito, sem contar os dias de perseguição após o crime”, avalia.

Acusado de violentar 30 crianças, Pontes foi capturado em 2005, dias após o crime, quando a Polícia Civil percorreu diversas cidades da região até localizá-lo. Ele usava uma bicicleta vermelha para se locomover e carregava um violão nas costas, fingindo ser missionário evangélico. Com esta desculpa, pedia comida e pouso nas cidades em que chegava.

No caso de Jéssica, que morava na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), em depoimento aos policiais do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride) da Polícia Civil, Pontes confessou ter estuprado e estrangulado a criança.

Ele levou os policiais até o local do crime, em Almirante Tamandaré, onde o corpo da garota foi encontrado numa plantação de pinus, junto com objetos pessoais da menina.

De acordo com informações divulgadas pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) na época da captura do assassino, o envolvimento de Pontes com abuso sexual de crianças começou quando ele tinha 15 anos e já lhe rendeu quatro condenações.

Uma em Curitiba, em 1975, duas em Lages (SC), em 1988, e uma em Santa Cruz do Rio Pardo (SP), em 2004. Ele cumpriu aproximadamente 21 anos de reclusão e, antes de sua prisão em Marmeleiro, era procurado pela polícia de São Paulo. Pontes também usava os nomes de Elias Generoso Batista Rocha, Sidnei Padilha e Sidney Padilha Fristch para não ser identificado como reincidente.