O Ministério Público Federal (MPF) encaminhou ontem à Justiça Federal, três denúncias envolvendo 11 pessoas, por fraudes no INSS, incluindo quatro agentes administrativos da entidade. O MPF já havia divulgado a existência de uma quadrilha que fraudava o instituto, no Paraná, denunciando cinco pessoas que faziam parte do esquema.
A investigação foi realizado por uma “força-tarefa”, envolvendo o próprio MPF, a Polícia Federal, a Receita Federal e o INSS. O MPF descobriu que a quadrilha era maior do que se esperava. Quase todos os denunciados foram acusados de estelionato, corrupção, crimes contra a administração pública e formação de quadrilha. Cinco deles já estão presos preventivamente.
Denúncia
O MPF acusa a despachante Irene Ferreira de Souza (presa preventivamente), de inserir vínculos empregatícios fictícios nos sistemas de dados do INSS para a concessão de benefícios. O policial militar aposentado Izidoro Procek (preso preventivamente), o autônomo Roberto Naidek, o comerciante Belmiro Manoel Buss, o advogado Carlos Roberto Gonçalves Ekermann, o aposentado Antonio Rocha (preso preventivamente) e os agentes administrativos do INSS Renato Lima Soares (preso preventivamente), Ernande Antonio Comicholi (com mandado de prisão), Luciano dos Santos Honório e Maristela Johnson, são acusados de montar carteiras de trabalho com tempo de serviço fictício.
Mais
Também por forjar documentos, foram denunciados o estudante Sérgio Ricardo Facioncone e os agentes do INSS Renato de Lima Soares e Ernande Antonio Comicholi.
A assessoria do INSS afirmou que não pode afastar os funcionários do instituto, mesmo sendo denunciados, pois não tem poderes para mandá-los embora enquanto a JF não confirmar as denúncias feitas pelo MPF.
