Mãe e filho vítimas do crack

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Joana já havia dito aos vizinhos
que estava jurada de morte.

Joana França Benjamin, 35 anos, e Cristiano Benjamin Lupateli, 17, mãe e filho, se afundaram juntos na praga do crack. E juntos morreram, pelas mãos dos homens que invadiram a casa em que viviam, na Rua Marechal Hermes, Guatupê, em São José dos Pinhais, ontem de madrugada. Os assassinos, possivelmente ligados ao tráfico de drogas, usaram paus e pedaços de telhas para cometer o bárbaro crime. Eram 4h quando moradores do bairro ouviram uma grande balbúrdia que vinha da casa de Joana. Um irmão dela, que mora perto, foi avisado e encontrou, dentro da residência, o sobrinho Cristiano caído na cama, com os dentes todos quebrados e várias lesões na cabeça provocadas por pedaços de pau. O Siate foi chamado e levou o rapaz para o Hospital São José dos Pinhais, onde ele morreu ainda de madrugada.

Joana não estava em casa e a família presumiu que ela havia escapado dos assassinos. O trágico engano foi descoberto às 8h: o corpo dela estava no alto matagal que existe nos fundos da residência. Bem perto dali, os matadores deixaram a arma do crime – uma telha de eternit, coberta de sangue. Havia manchas de sangue na cama da mulher, indicando que ela tentou correr ou foi arrastada até os fundos.

Os próprios parentes das vítimas revelaram ao sargento Cordeiro e ao soldado Sidnei, do 17.º Batalhão da PM, que mãe e filho eram viciados em crack. "Na quinta-feira, Joana teria comentado com vizinhos que estava jurada de morte. O filho tinha uma dívida grande com traficantes", falou o sargento. A delegacia de São José dos Pinhais colheu as primeiras pistas no local do duplo assassinato.

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