Ligação terrorista

Libanês preso pode ter ligação com o Hezbollah

O Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) continua investigando, além dos supostos crimes cometidos pelo empresário libanês Hamze Ahmad Barakat, 55 anos, preso na semana passada suspeito de aplicar golpes em empresas de vestuário, o suposto envolvimento dele com o grupo extremista Hezbollah, que tem sua sede no Líbano.

O delegado Cassiano Alfiero, disse que um repórter do jornal americano New York Times entrou em contato com ele para saber detalhes da prisão. “O jornalista disse que tinha documentos que confirmavam a ligação de Hamze e seu irmão com o grupo extremista e que eles mandavam dinheiro para financiar o terrorismo. Solicitei os documentos, fiz a tradução e realmente eles sabiam várias coisas sobre a vida do suspeito”, contou o delegado.

Negação

Na manhã de ontem, o empresário, que está no 12.º Distrito Policial, foi levado ao Nurce para ser ouvido novamente e dar esclarecimentos com relação às suspeitas apresentadas pelo jornal americano. “Ele confirmou algumas coisas e negou outras. No relatório aparece outras atividades dele, como uma loja em um shopping no Paraguai”, completou o delegado. Hamze negou ser financiador do Hezbollah.

Segundo o delegado, o que há de concreto é que o homem continua preso pelo golpe que aplicou em várias indústrias, e que depois que o caso teve divulgação na mídia, outras vítimas apareceram. “Descobrimos que além do ramo de vestuário, ele aplicava golpes com eletrônicos e o valor total já passou de R$10 milhões”, explicou o delegado.