Levantamento mostra uma melhora no ritmo da investigação

O levantamento realizado pela “Gazeta do Povo” mostra uma melhora significativa no ritmo da investigação de homicídios. Em 2010, por exemplo, a média de tempo para que se abrisse um inquérito era de 122,7 dias. Em 2013, a média é de sete dias. O tempo para que se ouça a primeira testemunha também caiu para 1,9 dia.

O delegado Rubens Recalcatti, titular da Delegacia de Homicídios desde 2011 e que deve deixar o cargo nos próximos dias, afirma que havia a demora na abertura de inquéritos antes de ele assumir a função, o que foi resolvido. Recalcatti será substituído no comando da delegacia por Maritza Haisi, que já esteve na Homicídios em 2011.

O novo delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Riad Braga Farhat, considerou grave o fato de apenas 23% dos casos de homicídios chegarem à Justiça e diz que o ideal “seria inverter” os números, conseguindo apontar os autores de 77% dos crimes. Segundo ele, não há como prometer que isso acontecerá, porque seria “uma bravata”. “Mas o que posso prometer é que vamos nos empenhar”, disse Farhat, que assumiu o cargo há uma semana.

Segundo ele, a demora em abrir o inquérito pode não ser tão grave, já que se trata de um problema formal que não necessariamente atrasa as investigações. Mas a demora em ouvir testemunhas é mais problemática.