Lactec desenvolve pulseira para rastrear presos

O Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), centro de pesquisas tecnológicas ligado à Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia do Paraná, desenvolve desde 2005, com previsão de ficar pronto para produção industrial no segundo semestre deste ano, uma pulseira eletrônica para rastreamento de presos. Projetos que prevêem o uso desse equipamento foram aprovados, na última quarta-feira, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. ?Não ficaremos presos a tecnologias internacionais e ainda poderemos ser fornecedores?, disse o superintendente do Lactec, Aldair Rizzi. Um protótipo da pulseira já está pronto.

Segundo ele, o desenvolvimento da pulseira e do receptor de satélite que vem acoplado começou com a encomenda feita por uma empresa de Curitiba, que desenvolvia um software para o produto. Com a decisão dos senadores, em aprovar os projetos que determinam o rastreamento de presos em liberdade condicional, regime semi-aberto ou saída temporária de penitenciárias, além dos considerados de alta periculosidade, o desenvolvimento do produto ganhou mais sustentação. ?Enquanto outros vão correr atrás, nós já estamos com tudo pronto?, afirmou Rizzi.

Os custos de fabricação ainda não foram levantados, mas acredita-se que será bem mais barato que os importados. Em outros países o sistema de monitoramento já é utilizado e a pulseira fabricada. ?Teremos economia de divisas, visto que a tecnologia desenvolvida aqui é própria?, acentuou o superintendente. Segundo ele, a economia também será sentida no próprio sistema penitenciário. Rizzi citou dados do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, pelos quais um preso custa R$ 1 mil em regime fechado. O custo médio baixaria para R$ 600 com essa medida.

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