Lacrado abatedouro ilegal em Campo Largo

Cenas chocantes de total falta de higiene e de infra-estrutura no abate de bovinos foram presenciadas, na última sexta-feira, por uma equipe da Delegacia de Crimes contra a Economia e Proteção ao Consumidor (Delcon), em um sítio localizado em Campo Largo, quase divisa com Campo Magro, Região Metropolitana de Curitiba.

O abate clandestino foi fechado e o proprietário, Alexandre Vorobi, e seus dois funcionários, Wanderlei de Lima e Roberto Padilha, foram presos em flagrante.

As investigações tiveram início após denúncia anônima feita à Delcon há aproximadamente duas semanas. A equipe formada pelos investigadores Divonzir, Antônio, Ferreira e Carla passaram a efetuar buscas pela região até chegar ao sítio Quatro Netos. Lá, foi constatada a clandestinidade da operação. "Comprovamos que o abate e a desossa do animal -além do armazenamento e transporte da carne – eram realizados sem as mínimas condições de higiene. Tudo era feito sem controle sanitário", relatou a delegada Soraya Maria Mendes da Silva.

Bezerros

Diante da irregularidade, a Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento também foi avisada e compareceu ao local para efetuar o auto de infração (administrativo) contra o proprietário da área. Nas investigações da Delcon foi descoberto que bezerros com poucos dias de vida eram abatidos no local. Eles eram comprados de fazendas produtoras de leite, em Castro (PR), que descartam animais machos. Cada bezerro foi adquirido por R$ 30,00.

As carnes e carcaças apreendidas foram levadas para incineração, pois são impróprias para o consumo.

O abatedouro foi lacrado.

Não havia local refrigerado para guardar os pedaços de carne que ficavam espalhados pelo chão, mesas e ambientes fechados. As carcaças dos animais ficavam expostas, o que causava também a proliferação de insetos.

De acordo com a delegada, as investigações prosseguem para apurar quais estabelecimentos comerciais adquiriam a carne do abatedouro clandestino.

Os detidos foram encaminhados ao Centro de Triagem II e vão responder pelo crime de venda de produtos impróprios para o consumo, cuja pena varia de 2 a 5 anos.

Voltar ao topo