Juíza “isola” policiais e delegado da PF

A Superintendência da Polícia Federal no Paraná encaminhou um pedido à Corregedoria da Justiça Federal em Porto Alegre para que reveja a decisão da juíza federal de Foz do Iguaçu, Alessandra Fávaro, que ordenou a incomunicabilidade do delegado Marco Antônio Faria e outros quatro agentes da PF da cidade. Eles são testemunhas de acusação no processo que apura o envolvimento de 22 agentes da PF, dois policiais rodoviários, quatro fiscais da Receita Federal e dez atravessadores de contrabando.

Segundo o presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal no Paraná, Alcion Dalle Carbonare, eles estão incomunicáveis – até os telefones celulares foram recolhidos- e vigiados por funcionários da Justiça desde a tarde de sexta-feira passada, na Associação dos Magistrados em Foz do Iguaçu. “Isso é prisão administrativa, uma espécie de detenção branca”, protestou o delegado. Caso não consiga liberá-los via corregedoria, a associação pode entrar com pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, em Porto Alegre.

A juíza informou, por meio da assessoria de imprensa da Justiça Federal, que a incomunicabilidade dos delegados e agentes da Polícia Federal arrolados como testemunhas está prevista nos autos do processo.

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