Jovem morre segurando cachimbo de crack no Sítio Cercado

Beco freqüentado por usuários de drogas foi o local do assassinato do jovem marceneiro Deivison Thiago Pires, 19 anos, no início da madrugada de ontem, no Sitio Cercado.

Após levar dois tiros no peito, ele morreu encostado em um muro, no final da Rua Radialista Paulo César, esquina com a Rua Rancho Alegre, na Vila Americana. Moradores apenas escutaram os tiros e não viram quem praticou o crime.

A polícia suspeita que a execução de Deivison seja conseqüência de desentendimento relacionado às drogas. Segundo populares, o beco é freqüentado por desocupados e usuários, conforme afirmou o investigador Magalhães, da Delegacia de Homicídios.

Além disso, a vítima segurava com a mão direita um cachimbo usado para o consumo de crack. Próximo do corpo havia três estojos de revólver calibre 38, possivelmente a arma usada no crime. Tanto o cachimbo quanto os estojos foram recolhidos pelo perito Silvestre, do Instituto de Criminalística.

Um morador contou aos policiais que os disparos aconteceram pouco depois da meia-noite. Em seguida, ele ouviu alguém, provavelmente a vítima, pedindo socorro, e mais alguns tiros.

Assustado, o morador aguardou alguns minutos e, quando saiu de casa para ver o que tinha acontecido, encontrou Deivison já morto, encostado no muro. ?Ele disse não ter observado a presença de pessoas ou movimento de veículos?, lembrou Magalhães. A testemunha afirmou não conhecer a vítima.

Outro morto a pedradas

Atacado a pedradas, o usuário de drogas Vagner Henrique Dionizio, o ?Gangão?, 29 anos, foi encontrado morto no final da madrugada de ontem, na esquina das ruas Valentin Pedro Zanon e Nicola Pelanda, no Tatuquara.

O rapaz não portava documentos, mas foi identificado por familiares, que relataram que ele era dependente químico há vários anos e tinha passagens pela polícia. Últimamente, Vagner estava morando na rua. Ontem, foi agredido na cabeça, com paralelepípedos que foram deixados ao lado do corpo, manchados de sangue.

A polícia suspeita que o crime foi cometido por diversas pessoas, porém populares disseram que não escutaram nada e não viram ninguém. Uma moradora contou que chegou em casa, por volta das 3h, e não havia movimento na rua. O assassinato será investigado pela Delegacia de Homicídios.

Voltar ao topo