Jovem ferido com 10 tiros não resiste

A morte do jovem Rodrigo Domacowski, de 18 anos, transformou-se em um caso complicado para a polícia desvendar e um drama para a família. O adolescente estava conversando com amigos na rua, no Conjunto Atenas I, na noite do último domigo, quando quatro homens encapuzados desceram de um veículo e detonaram pelo menos dez tiros de pistola contra ele. Os projéteis acertaram braços e pernas de Rodrigo, que foi levado em estado grave para o Hospital Evangélico. Na noite de terça-feira, o rapaz não resistiu às intensas hemorragias causadas pelos ferimentos e morreu.

A polícia tem poucas pistas do caso. As únicas testemunhas são os dois colegas da vítima, que estão bastante assustados com o episódio. De um lado, familiares de Rodrigo dizem que ele estudava, levava uma vida normal e não tinha envolvimento com drogas, gangues juvenis nem qualquer outro tipo de delito. “Ele tinha carro, era um menino que ganhava tudo que precisava. Não tinha motivo para se envolver com drogas. A gente não entende o que aconteceu”, desabafou o irmão mais velho do rapaz.

As circunstâncias do crime mostram que os atiradores não pretendiam matar Rodrigo no local. Miraram certeiramente nos braços e na parte inferior do corpo, sem atingir cabeça, tórax e órgãos vitais. A quantidade de tiros detonados, porém, leva a crer que uma pessoa dificilmente resistiria a tantos ferimentos de projéteis de pistola. Rodrigo passou por três cirurgias e recebeu transfusões de sangue e plaquetas, mas nada foi suficiente para salvar sua vida.

Tiros

Rodrigo estava imobilizado quando foi baleado. Passava pouco das 22h quando um carro – que seria um Hyundai vermelho – parou próximo de onde o rapaz conversava com dois amigos, em frente a uma casa na Rua Cidade Coronel de Freitas. Quatro homens encapuzados e vestidos com jaquetas de couro pretas, intitulando-se policiais, mandaram que os três adolescentes ficassem quietos. Os amigos de Rodrigo levaram alguns pontapés e foram dispensados pelos encapuzados com a seguinte frase: “Nós não queremos vocês e sim o Polaco”. Os garotos correram e Rodrigo, a quem os supostos policiais ordenaram que deitasse e ficasse quieto, foi baleado.

Ninguém anotou a placa do veículo. Posteriormente, moradores da rua disseram que o carro dos matadores seria um Golf vermelho, e não um Hyundai. “Vamos pedir à delegacia de Furtos e Roubos de Veículos que verifique se algum desses carros foi roubado recentemente”, disse ontem o superintendente Neimir Cristóvão, da delegacia de Homicídios, que busca pistas para esclarecer o caso. “A família disse acreditar que Rodrigo foi morto por engano”, observou o policial.

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