Jovem assassinado era chefe de quadrilha

Alexssandro dos Santos Siqueira, 20 anos, encontrado morto terça-feira de manhã, em Campina Grande do Sul, era “cabeça” de uma das quadrilhas responsáveis pelo roubo de camionetas em Curitiba e Região Metropolitana. Ele tinha mandado de prisão expedido pela 10.ª Vara Criminal e era encarregado de escolher os modelos de veículos e negociar o preço da revenda.

A prisão preventiva de Alexssandro foi solicitada em março pela Força-Tarefa Especial de Combate ao Furto e Roubo de Camionetas. Segundo o tenente da PM Rui Barroso, comandante da FTE, Alexssandro mantinha contato direto com Adriano Paternoli, preso em Mato Grosso do Sul e que agora está na Polícia Federal, em Guaíra. A tarefa de Paternoli seria combinar o horário do recebimento das camionetas e encaminhá-las ao Paraguai, onde eram revendidas. “Paternoli tinha mandado de prisão em Guaíra e Toledo, por envolvimento com armas e drogas”, disse Barroso. Outros dois membros do bando, cujos nomes a polícia prefere não divulgar, têm mandados de prisão expedidos pela Justiça.

A própria mãe de Alexssandro, Rosângela, foi detida pela FTE há três meses. Numa conta bancária em seu nome foram feitos depósitos de quantias significativas, cuja origem seria a revenda de veículos roubados, conforme suspeita da polícia. Hoje, Rosângela responde ao inquérito em liberdade.

Carro

Alexssandro foi morto com três tiros na cabeça e desovado num matagal a 20 metros da Estrada da Canelinha, localidade de mesmo nome, em Campina Grande do Sul. Através de uma informação anônima, a polícia local descobriu que o crime foi cometido na Rua Altevir Ramos de Proença, Barreirinha, na tarde de segunda-feira. Uma testemunha viu um corpo sendo arrastado e colocado no porta-malas de um Chevete cinza. Alexssandro saiu da casa da mãe, em Pinhais, às 11h30 daquele dia, com um carro da mesma cor e modelo. “Encontramos marcas de sangue no local indicado. A perícia vai comprovar se o sangue é mesmo da vítima”, disse o delegado de Campina Grande do Sul, Edílson Magalhães. O Chevette e o telefone celular do foragido ainda não foram localizados.

Segundo o delegado, as investigações estão “engatinhando”. Rosângela afirmou à FTE que o filho teria abandonado as atividades criminosas, casado e arranjado emprego. A polícia não descarta a hipótese de que membros da própria quadrilha o executaram.

Voltar ao topo