Janeiro novamente violento na Grande Curitiba

Embalado pelo calor e as férias de verão, janeiro registrou alto índice de violência em Curitiba e região. Embora muita gente tenha tomado o rumo das praias e as cidades estejam mais esvaziadas, a criminalidade aumentou com relação aos meses anteriores e vitimou 173 pessoas nos primeiros 31 dias do ano. Ainda assim, na comparação com janeiro do ano passado, houve diminuição de 13,5% no número de mortes violentas.

Os assassinatos se espalharam principalmente em Curitiba, com 85 vítimas, e Almirante Tamandaré e Colombo, que registraram 16 mortes cada.

O caso mais preocupante é o de Almirante Tamandaré. Com aproximadamente 103 mil habitantes, o município representa 3,5% da população da Grande Curitiba, mas em janeiro foi responsável por 9% dos assassinatos.

A polícia afirma que a onda de crimes foi motivada por disputa entre grupos rivais pelo controle do tráfico de drogas.

Uma das quadrilhas seria liderada por Marcelo Stocco, preso em novembro de 2009 e solto recentemente.

Ano passado, Almirante Tamandaré teve média mensal de sete homicídios por mês, comprovando que a violência em janeiro foi muito acima do normal.

Calor

O número de mortes não atingia índice tão alto desde março, quando também foram registrados 173 assassinatos.

Uma das explicações para esse aumento no início do ano é o calor. Segundo especialistas, com o clima quente, a população costuma ficar mais tempo nas ruas e a vida noturna é mais agitada, gerando mais situações de violência.

A boa notícia é que, levando em conta o mesmo período do ano passado, os assassinatos diminuíram. Em janeiro de 2010, foram 200 mortes.

Triplos

Entre os casos que mais chamaram a atenção, no mês passado, estão dois triplos homicídios, no Tatuquara e na Cidade Industrial. Ambos os crimes estariam ligados ao tráfico de drogas.

Dez pessoas foram mortas por assaltantes e outras três em confrontos com a polícia. Foram 157 homens e 16 mulheres assassinados. Houve pelo menos uma morte em todos os dias do mês e os sábados e domingos foram os mais perigosos.