Um duplo homicídio cercado de crueldade e sangue frio e sem nenhum motivo aparente chocou os moradores de Ponta Grossa neste final de semana. Uma estrangulada, a outra com o pescoço retalhado com três golpes de tesoura: desta forma as irmãs Sofia Migdalski, 70 anos, e Margarida Ribeiro, 72, foram encontradas mortas na manhã de sábado. As duas teriam sido assassinadas na madrugada de sexta-feira, enquanto dormiam na casa em que moravam juntas, na Rua Uruguai, no bairro da Ronda.
Os corpos foram encontrados por volta das 8h, quando Miguel Prioto, cunhado das mulheres, que mora no mesmo terreno, estranhou o fato de a porta da casa delas estar entreaberta. Ao se aproximar para ver o que estava acontecendo, o palco da perversidade denunciava o que havia ocorrido naquela madrugada. Sofia estava estrangulada ao lado da cama e Margarida tomada pelo sangue que escorreu de seu pescoço durante as tesouradas. Na composição do cenário, respingos de sangue no assoalho e nas paredes, móveis e objetos revirados, um pano e a tesoura manchada pelo sangue de Margarida. As duas irmãs tinham sérios problemas de saúde. Devido a um derrame cerebral, Margarida não se locomovia e dependia da irmã Sofia, que fazia tratamento por causa da cirrose.
Investigação
Para a delegada Aracy Carmen Costa, a hipótese de latrocínio já está descartada. Apesar do desalinho encontrado na casa, em princípio nada foi roubado, além das portas e janelas da residência e do cadeado do portão da frente estarem intactos. No local, os peritos do Instituto de Criminalística apreenderam as prováveis armas do crime, a tesoura e o pano que teria sido usado para estrangular Sofia, para que sejam feitas analises complementares. O investigador Willian, da delegacia de Ponta Grossa, afirmou que ainda não há indício da autoria dos crimes. “Precisamos aguardar o resultado da perícia complementar para tiramos alguma conclusão, mas nós já temos algumas linhas de investigação que estão sendo seguidas”, afirmou o investigador.