Irmão de menina desaparecida não reconhece Adriano

Na manhã de ontem, na delegacia de Centenário do Sul, a 86 quilômetros de Londrina, o mistério sobre o desaparecimento da menina Luana Oliveira Lopes, 8 anos, ganhou mais um capítulo. O irmão dela, Diego, 10 anos, foi submetido a uma sessão de reconhecimento, de acordo com o Código de Processo Penal, e apontou três homens como sendo parecidos com o seqüestrador. Entretanto, ele não afirmou positivamente ser um deles o que levou sua irmã.

Nenhum dos suspeitos apontados pelo menino tem características semelhantes à de Adriano Vicente da Silva, acusado de matar 12 crianças no Rio Grande do Sul e também apontado como envolvido no desaparecimento de Luana. No reconhecimento, foram utilizadas 28 fotos, em três séries. Entre as imagens, havia uma de Adriano da Silva, mas o garoto Diego não a apontou em nenhum momento.

Os três suspeitos identificados por Diego possuem características bem distintas. Para efeitos de investigação será verificado se eles estão presos ou sendo procurados pela Justiça. O delegado interino de Porecatu, José Vítor Silva Pinhão, que investiga o caso, afirmou que a forma de ação do seqüestrador de Luana é diferente da usada por Adriano da Silva. “A descrição do modo de ataque de Adriano é diferente do que aconteceu com Diego e Luana”, informou Pinhão.

Interrogatório

Apesar disso, o envolvimento de Adriano ainda não foi totalmente descartado. Na próxima semana, a delegada do Serviço de Investigação à Criança Desaparecida (Sicride), Márcia Tavares dos Santos, e um investigador do Sicride devem ir ao Rio Grande do Sul para interrogar Adriano. Embora ele não tenha sido reconhecido como autor do crime, a polícia também trabalha com a possibilidade do envolvimento de um suposto cúmplice de Adriano. Em depoimentos à polícia gaúcha, o acusado já mencionou um amigo que dirige caminhão.

Quando questionado pelo delegado Pinhão sobre a presença de tatuagens nos braços do homem que o agrediu, o garoto negou que houvesse alguma. Entretanto, afirmou que ele tinha uma cicatriz no antebraço direito. Adriano da Silva possui tatuagens em ambos os braços. De acordo com a descrição de Diego, o seqüestrador de Luana é um rapaz magro, com idade entre 20 e 25 anos, moreno e com cerca de 1,70 metro.

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