Inquérito Policial Militar aponta indícios de abusos no 20º BIB

O Comando da 5.ª Região Militar – 5.ª Divisão do Exército comunicou ontem o encerramento dos trabalhos do Inquérito Policial Militar (IPM) feito por uma comissão da 5.ª Brigada de Cavalaria Blindada, referente às denúncias de torturas aplicadas durante um trote realizado no 20.º Batalhão de Infantaria Blindado, no dia 25 de agosto. No dia 13 de novembro, imagens de maus tratos de veteranos aos chamados ?lobinhos? vieram a público, provocando a abertura do inquérito.

Em razão da relevância dos fatos objetos da apuração – os lobinhos foram submetidos a choques elétricos, mergulhos forçados e ameaças com um ferro elétrico -, o IPM foi acompanhado por dois membros do Ministério Público Militar. O resultado final do inquérito, que durou trinta dias, foi encaminhado à Auditoria da 5.ª Circunscrição Judiciária Militar, em Curitiba, onde será feita apreciação.

De antemão, segundo a 5.ª Região Militar, o IPM concluiu haver indícios de crimes militares de maus tratos e periclitação da vida e da saúde (colocar em risco a vida e a saúde), conforme o Código Penal Militar. Nas imagens que resultaram na abertura do inquérito, foram identificados como agressores os sargentos Rafael Rosetti, Deyvison Chelis, Maurício Schiavon Ramos e Sérgio Ferraz. As vítimas são os terceiros-sargentos Marcos José Pacheco, Edvaldo Rodrigues da Silva, Giovani Moscatelli, Marcelo Salles Corrêa e Murilo César de Oliveira. Segundo informações da assessoria de imprensa da 5.ª Região Militar, nem todos os acusados estão comprometidos no inquérito, porém os nomes daqueles considerados culpados não foram revelados.

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