Hospital nega morte de torcedor atropelado

Apesar de pessoas próximas à família do torcedor atleticano João Henrique Mendes Xavier Viana (atropelado pelo torcedor coxa-branca Cristofer Martins Lopes depois do Atletiba do último domingo) terem informado a diversos órgãos de imprensa que o jovem teve morte cerebral, o Hospital do Trabalhador (HT), onde o jovem se encontra, divulgou ontem que o paciente está em coma profundo devido ao trauma sofrido, permanecendo como caso gravíssimo.

Mesmo depois de de iniciado um protocolo para fazer os exames, a morte encefálica não foi confirmada. “O paciente continua sendo assistido no hospital e tem atendidas todas as necessidades para a manutenção de sua vida. Agora a equipe do HT continuará realizando os procedimentos e, para uma nova análise do quadro clínico do paciente, é necessário aguardar entre 12 a 24 horas para saber da evolução do quadro”, informa nota divulgada pelo hospital.

Paz

A morte do torcedor do Atlético e o estudante de Direito vai unir torcedores do Atlético, Coritiba e Paraná no dia 7 de novembro para uma passeata, com saída prevista para as 10h, na Boca Maldita.

Os organizadores da mobilização pretendem confeccionar uma camisa da campanha “Paz nas Torcidas”. Com a colisão, além da morte do jovem, o motorista do veículo quebrou a perna de um outro torcedor atleticano.

Vandalismo

Junto com o atropelamento dos jovens depois do jogo, foi grande o prejuízo nos ônibus de Curitiba, o que já tem se tornado corriqueiro em dia de Atletiba. Nos quatro clássicos do ano, foram 58 ônibus depredados.

“Precisamos nos unir nesta luta contra o vandalismo porque o que está em risco vai muito além do custo financeiro, que é extremamente alto”, afirmou o presidente da Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), Marcos Isfer. Por mês, as ações de vandalismo causam um prejuízo de R$ 270 mil no sistema de transporte da cidade, segundo dados da Prefeitura.

Entram nesta conta vidros pichados, janelas quebradas, estações-tubo e ônibus danificados e equipamentos como sanitários, torneiras, azulejos, espelhos e paredes danificados em terminais. A soma dos prejuízos no sistema, até setembro, chega a quase R$ 2,5 milhões.

“O verdadeiro custo do vandalismo é o do medo e do risco. Quando um vândalo joga uma pedra contra um ônibus, ele está ameaçando a vida de pessoas. Quando ele picha uma placa de trânsito, ele está criando condições de risco para motoristas e é isso que precisa ser resolvido com urgência”, alertou Isfer.