Homicídios na “cola” do assassino do policial

Policiais da Delegacia de Homicídios têm os nomes de três suspeitos de assassinar o investigador Osvaldo Alves da Veiga, 46 anos, que estava lotado naquela mesma especializada. O delegado Luís Alberto Cartaxo de Moura, titular da DH, informou que para cada suspeito há uma linha de investigação. No início da tarde de ontem, Cartaxo ouviu a mulher do policial, que forneceu detalhes que podem ajudar na elucidação do crime, mas o delegado preferiu não divulgá-los. Hoje será ouvido o investigador Ferry, que trabalhou durante muitos anos na mesma equipe de Veiga.

Hipóteses

Uma das linhas de investigação seria a de que Veiga foi morto por um devedor da loja de carpetes e papéis de parede, de propriedade da mulher dele, que estava sendo cobrado pelo policial. “O sujeito já estava irritado com as tentativas de Veiga em fazer com ele quitasse a dívida com a loja”, salientou o delegado.

Outra hipótese que está sendo investigada pela DH é de que o autor é um dos integrantes de uma quadrilha envolvida com o tráfico de drogas e assaltos, com quem Veiga supostamente teria ido se encontrar, após receber o telefonema. “Também não descartamos a hipótese de crime passional”, argumentou Cartaxo, definindo a terceira linha de investigação.

Arma

Durante as investigações desenvolvidas pela Homicídios, foi descoberto que Veiga estava armado quando foi executado com seis tiros: dois na cabeça, um no peito, um nas costas, um na mão e o sexto no braço. Todos os tiros atingiram o lado direito do corpo do policial, indicando que ele tentou sair do carro ao perceber que a pessoa ao seu lado iria atirar. O assassino fugiu levando a pistola ponto 40, da Polícia Civil, e o celular de Veiga, onde estava gravado o número do telefone usado pelo criminoso, minutos antes, para marcar o encontro com o investigador.

Veiga, que estava em férias, tinha ido com a mulher e os filhos no cabeleireiro. na tarde de sábado. Lá recebeu um telefonema. Assim que desligou avisou a esposa que precisaria trabalhar. Em seguida, levou-a juntamente com os filhos para a casa da sogra, situada no Cajuru, e foi se encontrar com o assassino.

Voltar ao topo