Homicídios de ex-presidiários podem ter ligação

Dois assassinatos, cometidos em Piraquara e Fazenda Rio Grande, podem estar relacionados. Os mortos eram ex-presidiários, estavam há poucos dias em liberdade e foram executados a tiros por homens em um veículo escuro, com cerca de uma hora de diferença.

O primeiro crime ocorreu às 23h30 de segunda-feira, na Rua Antônio Alceu Zielonca, planta Suburbana, em Piraquara. Márcio Hipólito da Silva, 37 anos, estava em casa quando um rapaz de apelido “Gê”, o chamou do portão.

A família orientou Márcio para que não saísse. Mas neste momento, um Peugeot escuro se aproximou e “Gê” correu para dentro da casa, em direção ao quarto onde a mãe de Márcio rezava. Um dos ocupantes do carro atirou e acertou Márcio, que já estava fora da residência para ver o que estava acontecendo.

De acordo com Noel Hipólito, seu filho Márcio cumpriu seis anos de pena por assalto, cometido no interior do Estado, e estava em liberdade provisória desde quarta-feira.

A família tinha se mudado para Piraquara, para ficar mais perto do filho, que cumpria pena na Colônia Penal Agrícola. O pai explicou que Márcio não tinha desentendimento dentro da cadeia e era pai de seis filhos.

Filha

Levi Ferreira, 42 anos, chegava à Fazenda Rio Grande para visitar a filha, que está no último mês de gestação, quando foi assassinado. No começo da madrugada de ontem, ele foi abordado na Rua Albatroz, Gralha Azul, por um veículo escuro. Um dos ocupantes deu seis tiros contra o ex-presidiário e acertou três.

O mesmo carro, conforme apurou o soldado Jaleski, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, foi visto por volta das 17h do dia anterior rondando o bairro. Levi cumpriu 20 anos de cadeia por latrocínio (roubo com morte), na Penitenciária Central do Estado. Desde que saiu da cadeia, há uma semana, morava no Cajuru.