Homicídio no Sítio Cercado

Baleado no momento em que falava ao telefone com o provável mandante do crime, Antonio Donizeti Polenza, 45 anos, o ?Toninho?, foi morto às 9h35 de ontem, em frente à sua residência, na Rua Júpiter, no Sitio Cercado, em Curitiba. Ele foi surpreendido pelo assassino, que disparou cinco vezes em seu rosto.

O principal suspeito de ter encomendado o crime é um homem para quem ?Toninho? vendeu um mercado, em Borda do Campo, no município de São José dos Pinhais, em dezembro passado. ?Esse homem ainda teria uma dívida a pagar pela compra do mercado e possivelmente mandou matar Toninho, que o cobrava?, explicou o investigador ?Bimba?, da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR). No local, alguns familiares comentaram que aconselharam ?Toninho? a esquecer a dívida, porque desconfiavam do homem. Após a venda do mercado, foi levantado que o comprador seria acusado de estelionato e que, inclusive, já teria sido preso.

Anteontem, durante o feriado, ?Toninho? esteve em Londrina para visitar um de seus dois filhos. Lá, ele teria encontrado, casualmente, o seu devedor e, mesmo com os conselhos da família, perguntou sobre o pagamento que ele lhe devia. ?O homem disse que pagaria a dívida no dia seguinte?, disse ?Bimba?.

Porém, na manhã de ontem, ao invés de ganhar o dinheiro, ?Toninho? perdeu a vida. As informações são de que ele estava em frente de casa, falando com o homem pelo telefone celular, quando foi informado que esperasse na frente de casa, para que a dívida fosse acertada. Neste momento, alguém desceu de uma motocicleta, andou em direção a ?Toninho? e efetuou cinco disparos, todos no rosto. ?As marcas indicam que os tiros foram dados de uma distância muito próxima da vítima?, observou a perita Jussara Joeckel, do Instituto de Criminalística. Após a execução, o matador correu até a esquina e fugiu numa motocicleta, com alguém que o esperava.

Embora a polícia suspeite do devedor, a família de ?Toninho? preferiu não fazer acusações. ?Estamos muito tristes, ele era uma boa pessoa, trabalhadora, mas a gente não quer acusar ninguém. A investigação é da polícia?, afirmou o concunhado da vítima, identificado apenas como Franco. O parente contou que ?Toninho? foi agricultor durante boa parte da vida e que estava procurando outra oportunidade no comércio.

Apesar da presença de policiais da DFR no local do crime, a morte de ?Toninho? será investigada pela Delegacia de Homicídios. O aparelho celular utilizado pela vítima, no momento dos disparos, foi recolhido para perícia.

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