Homem seqüestrado e morto

Um misterioso seqüestro, ocorrido no último sábado, revelou-se o primeiro passo para uma execução minuciosamente planejada. Hugolino Domingos de Oliveira, 40 anos, foi levado de um bar em São José dos Pinhais por quatro homens. Na manhã de ontem, ele foi encontrado morto, com requintes de crueldade, em Piraquara.

Atingido por pelo menos sete disparos de espingarda calibre 12 e com um profundo corte no pescoço, Hugolino foi encontrado, por volta das 11h de ontem. O corpo estava caído numa estrada de chão às margens do Contorno Leste, próximo ao quilômetro 90, na região de Águas Claras.

De acordo com a polícia, um caminhoneiro que passava pela rua avistou a vítima e avisou o caseiro de uma fazenda próxima. ?Quando chegamos, constatamos que o homem já estava morto há algum tempo e, em volta do corpo, havia diversos cartuchos de espingarda?, relatou o soldado Da Silva, do 17.º Batalhão da Polícia Militar.

A violência utilizada para matar Hugolino espantou, inclusive, profissionais da área criminalística. ?Foram sete disparos nas costas e nádegas e ele ainda teve o lado esquerdo do pescoço aberto com uma faca. Os disparos foram efetuados de uma distância muito pequena?, contou a perita Jussara Joeckel, do Instituto de Criminalística. De acordo com ela, pelo estado em que o corpo se encontrava, o crime foi cometido na tarde anterior.

A vítima portava um aparelho celular, um relógio e a chave de um automóvel, indicando que ela provavelmente foi levada até o local para ser executada. Em seu dedo havia uma aliança onde estava inscrito o nome Cristina. Junto ao corpo não havia documentos, mas assim que Hugolino foi identificado, no Instituto Médico-Legal (IML), a polícia descobriu que havia queixa de desaparecimento da vítima.

Seqüestro

De acordo com o superintendente da delegacia de São José dos Pinhais, Altair Ferreira, na noite de sábado, Hugolino estava num bar, no Jardim Alegria, quando quatro homens com espingardas e capuzes invadiram o local. Eles apanharam a vítima à força e disseram: ?Você está enquadrado?. Provavelmente, acreditando serem policiais, Hugolino não reagiu e entrou no Gol branco dos criminosos. Os marginais não levaram o carro da vítima, um Parati, cujas chaves estavam em seu bolso. Os investigadores de Piraquara e São José dos Pinhais investigam o motivo e quem são os quatro criminosos.

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