Outro lado

Homem que teve “ataque de fúria” e pegou arma de guarda em Unidade de Saúde diz que foi agredido

O comerciante que foi preso, na tarde de domingo, após desarmar um guarda municipal e disparar dois tiros para o chão, na Unidade de Saúde do Cajuru. Lourival Ribeiro, 34 anos, procurou a rádio Banda B para dar a versão dele sobre o que aconteceu. Segundo o comerciante, ele só pegou a arma do guarda porque estava sendo espancado e, mesmo dominado no chão, continuava apanhando. “Eu estava deitado. Se ele quisesse me algemar poderia. Mesmo assim, ajoelhado no meu pescoço, ele continuou me batendo. Puxei então a arma do coldre dele e dei dois tiros para o chão. Várias testemunhas viram”, disse o comerciante à Banda B.

De acordo ainda com a versão de Ribeiro, no domingo (25), a esposa dele levou o filho de 1 ano e 4 meses que estava com varicela até a Unidade de Saúde. Lá, a médica que atendeu a criança teria ofendido sua esposa e dado uma receita errada. “A médica disse que meu filho era grande demais para chorar daquele jeito e fazer escândalo, que tinha problemas mentais, e deu uma receita. Quando meu mulher chegou em casa, vimos que a receita estava errada. Voltei na Unidade e pedi para a médica destrocar. Ela veio me tratar com agressões porque ela é bem estúpida. Eu xinguei ela e falei que ia até a imprensa e ela partiu pra cima de mim pra rasgar a receita. Quando eu falei que ia denunciar, ela saiu atrás de mim e me deu um tapa na cara, por trás. Eu saí, não vou agredir uma mulher”, disse o comerciante.

Foi aí, segundo ele, já do lado de fora da Unidade, que ele foi alcançado pelo gurada que teria começado a espancá-lo. “Ele me encheu de porrada com aquele bastão. E eu pedindo apra ele sair, pra ele parar que eu não era vagabundo, mas ele continuou”, afirmou. O comerciante foi preso e vai responder processo por disparo com arma de foto.

Segundo informações da Guarda Municipal, o comerciante discutiu com a médica e o guarda municipal do posto foi chamado, colocando Lourival para fora da unidade. Os dois entraram em luta corporal e o pai, irritado, conseguiu tomar a arma do guarda, disparando duas vezes para o chão. Segundo a versão da Guarda, depois da confusão, Ribeiro teria fugido com a pistola, o que é contestado pelo comerciante. “Eu não fiquei com a arma. Ele que sumiu com ela porque era uma A-380 e guardas não podem ter este tipo de arma”, garantiu.

Lourival Ribeiro fez exame de corpo delito no Instituto Médico Legal. A Banda B entrou em contato com a assessoria da prefeitura de Curitiba para saber a versão da médica e da Guarda sobre as novas declarações do comerciante e aguarda retorno.

Ouça a versão do comerciante clicando no ícone de áudio.