Quatro anos depois de ter a prisão decretada, acusado de ser autor do latrocínio (roubo com morte) de um policial militar e de uma jovem, o ex-soldado do exército Eduardo Coutinho de Lima, o "Dudu", 25 anos, foi preso por policiais da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR).
O delegado Rubens Recalcatti informou que na noite do dia 27 de setembro de 2001, o policial militar Jaime de Carvalho, 32 anos, e a amiga dele, Simone Regina Pereira Gomes, de 24, foram assassinados. Na ocasião, os assaltantes levaram o Vectra e pertences do PM. O crime aconteceu em Almirante Tamandaré. No mesmo dia, o veículo do policial foi localizado no bairro Tanguá.
Os corpos só foram encontrados na manhã do dia seguinte, em um terreno baldio, na Rua das Amoreiras, no mesmo município. Apesar de o crime ter ocorrido na Região Metropolitana, por se tratar de um duplo assassinato, policiais da Delegacia de Furtos e Roubos auxiliaram nas investigações. Dias depois, uma equipe comandada pelo então titular da DFRV, Hamilton da Paz, identificou os autores, que tiveram suas prisões preventivas decretadas, mas Eduardo só foi capturado agora.
Prisão
Recalcatti contou que os investigadores Henrique, Elzira e Gilmar estavam investigando roubos contra residências. Durante os trabalhos, estiveram na Rua Luís Leduc, Vista Alegre, na terça-feira, onde depararam com Eduardo, que estava com mandado de prisão decretado. Coincidentemente,
o investigador Henrique havia trabalhado na identificação dos autores do latrocínio na época do crime, e reconheceu Eduardo. Ele confirmou que a prisão preventiva do rapaz ainda estava em vigor e o deteve. Henrique lembrou que, além de Eduardo, foram apontados como autores do crime, Joanito Colaço e Alex Sandro Menechuki. Na época, Alex Sandro tinha apenas 16 anos, mas sua prisão chegou a ser decretada pela Justiça de Almirante Tamandaré. O garoto chegou a ser apreendido e meses depois foi colocado em liberdade.
Latrocínio
O policial militar estava com a amiga, dentro de seu Vectra, quando foi abordado pelos três assassinos na noite do dia 27 de setembro. Provavelmente ao descobrirem que Jaime era policial, os assaltantes resolveram matá-lo. Na época, as investigações apuraram que no início da década de 90, o irmão de Eduardo foi morto durante um confronto com policiais do 3.º Distrito (Mercês). Jaime estava lotado na Rone, onde permaneceu durante oito anos. Ele foi executado com três tiros na cabeça e Simone com um disparo na nuca.