Falso sequestro

Homem de 64 anos some, forja sequestro e depois reaparece em casa

O Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), da Polícia Civil, desvendou um falso sequestro, esta semana. Um homem, de 64 anos, sumiu de casa e forjou o crime à família. Mas ao saber que a polícia desconfiava de sua história, a “vítima” confessou a farsa. Desde abril, quando o delegado Sivanei Gomes assumiu o Tigre, já é o quarto caso de falso sequestro. Em todos eles, as vítimas forjavam o crime para conseguir dinheiro ou fugir de algum problema.

O homem sumiu de casa em 10 de agosto e seus familiares deram queixa do desaparecimento na Delegacia de Vigilância e Capturas (DVC). No dia 25 de agosto, ligou para a família, dizendo que havia sido sequestrado e era mantido preso em uma chácara, que ele não sabia onde era e que desconhecia por que era mantido ali. Diante disto, a DVC passou as investigações ao grupo Tigre, especializado em sequestros. Policiais estranharam a vítima não ter telefonado para a polícia e não ter mencionado resgate.

Em 15 de setembro, o homem retornou para casa, dizendo que os sequestradores o tinham liberado, com todos os seus pertences, perto de casa, sem exigir resgate. Isso fez os familiares desconfiarem da história. No Tigre, contou a mesma história, mas depois, arrependeu-se e falou a verdade. Ele foi a Ponta Grossa, Rolândia e Maringá, onde trabalhou numa chácara por 15 dias. Quando recebeu o salário, voltou. Ele assinou termo circunstanciado por falso comunicado de crime.

Outros

Os outros três casos foram mais graves. Num deles, um jovem extorquiu a mãe, porque queria R$ 450 para pagar dívida de drogas. Ele e mais três suspeitos foram presos por extorsão. Em outro, também um jovem pediu veio de São Paulo e pediu R$ 400 à família, alegando sequestro. Ele foi flagrado bebendo num boteco.

No terceiro caso descoberto pelo Tigre, uma jovem vinda do Ceará exigiu R$ 30 mil da família, para que seu namorado curitibano pagasse dívidas e para passear. Eles foram flagrados num flat. “De vítima, estas pessoas passam a criminosas e podem ser presas”, alertou o Gomes.