Golpe de R$ 500 mil em Umuarama

Acusados de se apropriarem de depósitos judiciais e falsificarem a assinatura do juiz da 1.ª Vara Cível da Comarca de Umuarama, para liberar valores, o auxiliar de cartório Douglimar Jorge Escane, 29 anos, e a esposa Rosikelly Belesário da Silva, 20, foram presos em Umuarama, na terça-feira. Uma motocicleta Twister e um Fiat Stilo de propriedade de Douglimar foram apreendidos, além de vasta documentação e computadores do cartório. A polícia estima que o golpe ultrapasse R$ 500 mil. ?Ainda estamos investigando e acreditamos na participação de outras pessoas na fraude?, salientou o delegado Fernando Ernandes Martins, da 7.ª Subdivisão Policial, em Umuarama.

O delegado suspeita que a fraude no cartório esteja ocorrendo há mais de um ano. ?Apuramos que eles se apropriavam de valores pagos em cartório e falsificavam o comprovante bancário. Recentemente, além desta fraude, eles começaram a falsificar a assinatura do juiz para retirar o dinheiro já depositado?, contou o delegado.

A segunda fraude foi a que chamou a atenção. O gerente da agência do banco estranhou a grande movimentação na conta corrente, onde são depositados valores referentes a ações judiciais e honorários de peritos. Ao encontrar o juiz da 1.ª Vara Cível, que assinava a liberação dos valores, o gerente comentou sobre o grande número de saques. Isso fez com que o juiz comunicasse o fato ao Ministério Público e o caso fosse levado para que a delegacia local investigasse. ?Pedimos busca e apreensão no cartório. Analisando a fita do circuito interno, observamos que o Douglimar e a sua mulher, que é funcionária da Prefeitura, foram ao cartório durante a noite, duas vezes, e retiraram alguns papéis?, relatou Fernando.

Também foi apurado que havia falsificação de comprovantes de depósitos bancários e de ofícios do juiz, pedindo a liberação de valores. ?Pedimos a prisão do casal porque eles estavam atrapalhando as investigações?, explicou o delegado.

Ontem o delegado interrogou Douglimar e Rosikelly. ?Ele se reservou o direito de falar em juízo. Já a mulher disse que só acompanhou o marido, como esposa, e que nada sabe sobre a fraude. Por enquanto os dois irão permanecer recolhidos?, informou o delegado.

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