A polícia confirmou, durante o fim de semana, que as partes de um corpo humano encontradas no Rio Carajás, em Ubiratã, cidade a 540 quilômetros de Curitiba, no Centro-Oeste do estado, pertencem a Tatiane Jezualdo, 24 anos, que desapareceu no dia 3. O tronco e as pernas, além de alguns objetos que pertenciam à moça, estavam em uma parte do rio bem próxima à propriedade da família do principal acusado de matá-la. O homem, de 28 anos, trabalhava na mesma empresa que Tatiane e confessou ter assassinado a moça, a esquartejado e jogado as partes do corpo em diferentes pontos do rio.
Ele está detido na delegacia de Campo Mourão, mas a polícia não divulgou seu nome, a motivação, nem as circunstâncias em que o crime aconteceu. O delegado Amir Roberto Salmen, chefe da 16.º Subdivisão Policial de Campo Mourão, unidade que investiga o homicídio, se limitou em dizer que o suspeito confessou ter encontrado a moça em um ponto de ônibus e oferecido carona para levá-la ao trabalho. Ele desviou o trajeto até uma propriedade rural, a matou e jogou o corpo no rio.
Vídeo
Segundo moradores da cidade, o suspeito teria contado com a participação de um casal e feito imagens de abuso contra a vítima, usando um celular. A polícia não confirmou o conteúdo das filmagens, porque o caso segue em segredo de Justiça. O delegado Amir deve voltar a falar sobre o crime somente na semana que vem, quando o resultado dos exames do Instituto Médico-Legal (IML) ficar pronto. Os bombeiros continuam as buscas em córregos que desaguam no Rio Piquiri, na tentativa de encontrar a cabeça e os braços da moça.
Desaparecimento
Além da confissão do suspeito e do vídeo, a polícia tem outras provas contra ele. No dia em que Tatiane desapareceu, ele também não foi trabalhar. No dia seguinte, justificou a chefia dizendo que estava doente. A vítima era supervisora dele na empresa, e os dois teriam entrado em atrito dias antes, segundo informaram alguns colegas. Horas depois de Tatiane sumir, a mãe dela recebeu uma mensagem do celular da filha dizendo que ela tinha ido para Cafelândia. Desde então as buscas começaram, até sexta-feira, quando o pai da vítima reconheceu as partes do corpo e os objetos encontrados no Rio Carajás.