A atuação da Força Samurai da Polícia Militar no Litoral do Paraná na operação Viva o Verão já resultou na prisão de 17 suspeitos de tráfico e na apreensão de 752 gramas de maconha, 544 gramas de cocaína, 7.721 pedras de crack, 2.098 kg de crack, 54 pontos de LSD e 1 kg de haxixe. O balanço leva em conta ações até o dia 15 de janeiro e foi divulgado pelo comando da PM.
Neste período foram apreendidos cinco revólveres calibre 38, uma garrucha, uma pistola e 111 munições.O relatório aponta também a abordagem de 69 pessoas, dos quais 48 foram presas, de 18 veículos (quatro apreendidos) e a apreensão de R$ 12.195 e de cinco balanças de precisão.
Segundo informações do grupo Samurai, uma pedra de crack pode custar até R$ 10. Desta forma, apenas na operação Viva o verão, a polícia já impediu que as 7.721 pedras de crack apreendidas, rendessem aos traficantes R$ 77.210, sem contar o lucro que seria obtido com a comercialização dos outros entorpecentes.
Para o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Anselmo José de Oliveira as prisões e apreensões são resultados de um projeto que está dando certo. “A população é quem ganha com o trabalho da polícia, por isso é importante que ela continue denunciando o tráfico pelo telefone 181, pois sua identidade é preservada”, explicou. Segundo ele, graças ao apoio da população paranaense a Força Samurai está apresentando esses grandes resultados.
Samurai
A Força Samurai foi lançada oficialmente na cidade de Foz do Iguaçu em maio de 2008. Do início das atividades até o final do ano passado, as equipes apreenderam 44 armas de fogo – algumas de calibre restrito – 772 munições, quase 874 quilos de maconha, mais de 17 quilos de cocaína, mais de 81 quilos de crack, 844 pedras da mesma droga, 352 comprimidos de ecstasy, 2 mil caixas de cigarros contrabandeados, 3,5 quilos de esmeraldas e 12 balanças de precisão.
Ainda conforme o relatório, de maio a dezembro de 2008 a Força Samurai cumpriu 249 mandados judiciais, prendeu 60 traficantes, apreendeu nove adolescentes, realizou 448 abordagens a pessoas, 93 abordagens a veículos, além de recuperar, em parceria com a Companhia de Choque, quase R$ 61 mil e quatro mil euros.
Segundo o coronel Anselmo, a operação está apenas no início e tem muito a crescer. “Os resultados apresentados em 2008 já são excelentes, mas neste ano agiremos com mais dureza contra o narcotráfico, um dos maiores males da sociedade atual”, afirma.
Na opinião do comandante da Companhia Choque, major Chehade Elias Geha, a participação dos integrantes da companhia no grupo Samurai é fundamental para o sucesso do trabalho. “A execução do trabalho é feita pela Companhia de Choque, com as prisões e apreensões”, relata. O major também compartilha da idéia de que sem a participação da população o trabalho seria mais difícil. “Sem essa atitude da sociedade de denunciar seria impossível trabalhar com tanta precisão, por isso continuem acreditando, não precisa ter medo, as ligações são sigilosas”, apelou Chehade.
A base para que as operações da Força Samurai sejam bem sucedidas é o 181 Narcodenúncia, em que a população ajuda à polícia anonimamente, informando sobre suspeitas de tráfico. Em seguida o setor de inteligência, que engloba a força Samurai, investiga o caso e repassa para a Companhia de Choque, que acompanha as investigações, realiza as prisões e repassa as situações para as Polícias Civil e Federal. O Ministério Público acompanha tudo.
A Força Samurai é uma organização criada pelo comando-geral da Polícia Militar e integra os projetos voltados para melhorar a segurança da população. O grupo atua prioritariamente no enfrentamento da criminalidade, com ações voltadas para combater o narcotráfico em todo o Paraná, contribuindo com o trabalho da Polícia Civil e da Polícia Federal. O objetivo é identificar o traficante, saber de que forma ele atua e realizar as prisões necessárias para evitar que todos os tipos de entorpecente cheguem aos pontos de distribuição.