Fim da gangue de Sitorski

O último integrante da quadrilha do assaltante Ivanildo Sitorski, 40 anos, foi preso na sexta-feira passada, em Colombo, e apresentado na manhã de ontem na sede do Centro de Operações Policiais Especias (Cope). Antônio Valdir dos Santos Júnior, 26, mais conhecido por "Beca", confessou sua participação em seis delitos cometidos pelo grupo e, em troca, terá benefícios no processo ao qual responderá. De acordo com o delegado Marco Antônio Goes, do Cope, os trabalhos de investigação sobre os crimes cometidos pela quadrilha de Sitorski estão finalizados. Desde maio último, o grupo cometeu oito grandes assaltos em Curitiba, Ponta Grossa, Itajaí e Balneário Camboriú (Santa Catarina).

"Beca" estava sendo procurado desde a prisão de Sitorski, no último dia 25 de julho. Ele se refugiou no bairro Parolin, em Curitiba, na casa de parentes. Na sexta-feira, quando retornou para Colombo, recebeu voz de prisão. O detido confessou ter participado de seis assaltos, quatro deles em Curitiba e os demais em Itajaí e Balneário Camboriú. Todos foram para roubar cargas, principalmente da empresa Souza Cruz. Conforme o delegado, os assaltos em Ponta Grossa e contra o Banco Itau, no Uberaba, não contaram com a participação de "Beca". No depoimento, o indivíduo alegou ter abandonado os comparsas porque não estava recebendo o pagamento pelos crimes cometidos. "Ele tinha a função de motorista e também era responsável por ficar guardando o condutor dos caminhões assaltados até o fim da ação", relatou Marco Antônio.

Prisões

Em 25 de julho, policiais do Cope receberam a informação de que a quadrilha realizaria um assalto em Ponta Grossa. Em um posto de combustível em São Luiz do Purunã, trecho entre Curitiba e Ponta Grossa, Sitosrki e Ananias foram localizados. Houve troca de tiros e Ananias foi baleado, morrendo no Hospital Evangélico. Sitorski foi preso.

Depois da detenção do líder, os demais integrantes do bando – Márcia Maria Vanucci, 37 anos, mulher do assaltante; um adolescente, de 17; Josias Mendes de Oliveira, 25, e Ronaldo Bernardon, 23, foram "caindo" nas mãos da polícia. Posteriormente, outros três receptadores de carga foram detidos.

Os roubos contra cargas começaram a acontecer logo após a fuga de Sitorski da Colônia Penal Agrícola (CPA) – Piraquara -, em maio deste ano. Ele cumpria pena por roubo, mas estava em regime semi-aberto. As coincidências das ações criminosas levaram a policia a investigar Sitorski e sua quadrilha.

Sitorski ficou conhecido pela polícia na década de 80, quando se dedicou ao roubo de caminhonetes. A partir dali, montou esquemas para o roubar tratores e cargas, principalmente de cigarros. O assaltante também é conhecido por suas fugas de cercos policiais.

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