Faturam alto com o “golpe do compulsório”

Acusados de aplicar o “golpe do compulsório”, calculado em R$ 30 mil, Ayrton Polido de Souza e Jorge Luiz Rosa Falcão foram presos por policiais da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas e autuados em flagrante por estelionato e uso de documento falso pelo delegado Cicero José. Com o grupo foram apreendidos documentos falsificados e várias jóias, que a polícia investiga a procedência.

O delegado informou que os espertalhões foram denunciados por representantes de um escritório de assessoria e cobrança. Identificando-se com nome falso e como procurador de algumas pessoas, Ayrton procurou o escritório e disse que tinha dado entrada em vários procedimentos para cobrar resíduos de empréstimos compulsórios. Ele vendia os processos por um valor abaixo do que a pessoa tinha direito para que a empresa continuasse com o processo para receber o dinheiro. Após ter entregue cerca de R$ 30 mil ao golpista, os representantes da empresa descobriram que toda a documentação era falsa e procuraram a polícia.

Mortos

Os investigadores Pontes, Mattos, Paulo Serafim e Alzidemilson começaram a trabalhar no caso e apuraram que os estelionatários tinham uma relação de pessoas falecidas. Com os nomes em mãos, eles levantavam junto ao Detran se a pessoa tinha direito à restituição. Na seqüência, conseguiam uma certidão junto àquele órgão e falsificavam a procuração. “Estes documentos eram supostamente expedidos por cartórios, com assinaturas e carimbos falsos”, disse o delegado. Depois os golpistas montavam o processo e vendiam ao escritório.

O delegado contou que os policiais prenderam Ayrton e seu sobrinho Jorge Luiz Rosa Falcão, que usava documetnos em nome de Roberto de Souza, após seguirem um motoboy, usado por eles para entregar documentos. “O Ayrton já tem uma extensa ficha criminal e mandado de prisão expedido pela 7.ª Vara Criminal”, acrescentou o delegado.

Ele disse que no Fiat Uno dos presos foram encontradas algumas jóias. “O advogado deles diz que é jóia de família. O estranho é que tudo estava no porta malas. Vamos instaurar um outro inquérito para apurar a origem”, disse Cícero José.

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