Danos morais

Família de bebê sequestrado processará hospital

A família de Nicolas, o recém-nascido sequestrado quarta-feira na maternidade do Hospital da Providência, em Apucarana, norte do Paraná, pensa em processar o hospital.

De acordo com o pai do menino, Lincoln Fernandes, uma situação como essa “não pode ficar assim”, admite. A criança permaneceu 20 horas longe dos pais e foi encontrada no final da tarde de quinta-feira em Cambé, cerca de 50 quilômetros de Apucarana.

A auxiliar de enfermagem Marlene Maria de Lima, de 40 anos, foi presa acusada pelo sequestro realizado com a ajuda de sua filha, de 16 anos, que foi detida e apresentada à Vara de Infância.

De acordo com Paulo de Tarso Paulista da Silva, advogado da família, os pais estão apenas esperando o inquérito policial ser concluído para então entrar com uma ação contra a instituição. “Vamos processar o hospital por danos morais”, admite.

Segundo o superintendente Roberto Francisco dos Santos, um aborto sofrido pela filha de Marlene gerou o sequestro. “Aos dois meses de gestação a adolescente perdeu o bebe. Em depoimento, Marlene afirmou que a jovem estava sofrendo de depressão e, além disso, insistia em manter a gravidez que não existia mais”, afirma o superintendente.

Ainda no depoimento, Marlene afirmou que entrou no hospital de branco, como se fosse uma enfermeira, e da mesma forma saiu. Mesmo com o fato ocorrido, nada foi feito em termos de segurança no local. A reportagem tentou contato com o Hospital da Providência, mas não obteve resposta.