Falsários montaram “fábrica” de dinheiro

Policiais do 9.º Distrito Policial (Santa Quitéria) apreenderam R$ 10.230,00 em notas falsas de R$ 10 e R$ 100. Emerson Rene Rizental, 27 anos, e Zilomar Cervi, o “Zilo”, 36, foram presos e autuados em flagrante pelo delegado Roberto Heissi. João Célio Cardoso, Vanderlei Martins Pereira e seu primo Marcos Antônio Brasil dos Santos foram ouvidos e indiciados em inquérito policial. Outro acusado, Geovane Mastey, não foi localizado. Na casa de Emerson a polícia apreendeu parte do dinheiro, uma máquina de xerox colorida, onde era reproduzido o dinheiro, e aparatos para a falsificação.

Prisão

O delegado Roberto recebeu uma denúncia de que alguns indivíduos estavam fabricando dinheiro falso, na Travessa da Liberdade, Barreirinha, e designou que uma equipe investigasse. A informação era de que o fabricante tinha um Opala. Após uma semana, os policiais observaram o Gol, placa LDA-7409, nas proximidades da residência, e ao checar a placa verificaram que era de um Fiat Uno. De repente, o Gol cruzou com o Opala e deu sinal de luz. Os investigadores fizeram a abordagem e prenderam os condutores do veículo, às 23h de segunda-feira. Emerson estava no Opala, onde foram encontrados dez pacotes plásticos contendo 503 notas de R$ 10,00, perfazendo um total de R$ 5.030,00. Junto com Emerson havia um outro rapaz, que chegou a ser autuado em flagrante, mas foi liberado após ser constatado que não tinha envolvimento com o crime.

Confecção

Ao ser indagado, Emerson confessou que era o responsável pela confecção das notas e levou os policiais até a sua casa, na Rua Sebastião Santo Gaio, casa 3, onde foi apreendida a máquina de fotocópias. “Ele também indicou que as notas de R$ 100,00, ainda em fase de acabamento, estavam escondidas dentro de um fogão. Foram localizadas 52 notas perfazendo um valor de R$ 5.200. Na verdade, eles desistiram de fabricar as de R$ 100,00 por encontrarem maior dificuldade para repassar essas notas”, salientou o delegado. Ele disse que Emerson também mostrou como eram falsificadas as cédulas. “Em seu interrogatório, ele relatou que já tem passagem pelo mesmo crime pela Polícia Federal”, informou Roberto. Emerson também contou à polícia que foi procurado por dois homens residentes na cidade de Rio Negro, que encomendaram a confecção de R$ 18 mil e para que realizasse o serviço entregaram R$ 1.800,00 para a compra da máquina de xerox. Zilomar confirmou a versão de seu colega e seu envolvimento. Ele já tem passagem por furto.

Indiciados

Na continuidade das investigações os policiais identificaram e localizaram João Célio, Vanderlei e seu primo Marcos, que foram convidados a comparecer no distrito e prestar depoimento. “Eles foram liberados porque não havia flagrante”, explicou o delegado. Geovane Mastey, também acusado de envolvimento, está na Bahia. “Marcos apresentou os outros indivíduos a Zilomar e Emerson”, relatou o policial.

Ele informou que como o crime de falsificação de dinheiro é competência da Polícia Federal, os presos e o inquérito serão entregues à PF, que irá decidir se deve ou não solicitar a prisão dos outros acusados.

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