Executado dentro do carro na Vila Leonice

Com o telefone celular na mão, Luiz Cláudio Cecyn, 30 anos, foi executado com um tiro na cabeça e morreu dentro do Corcel II placa CBB-4275, na Rua David Bodziak esquina com a Juarez Silva, Vila Leonice, às 18h de ontem. Dentro do veículo foi encontrado um pacote com várias pedras de crack, o que explicaria a grande quantidade de ligações recebidas no telefone, antes e durante o trabalho da polícia. O assassino estava ao lado de Luiz e atirou com a arma encostada na cabeça dele.

O homem estava com o carro parado, mas com o motor ligado e a marcha engatada, quando recebeu o tiro, a queima roupa, pouco abaixo da orelha direita. A bala atravessou a cabeça e estraçalhou o vidro da janela do motorista, marcando o lugar com respingos de sangue no asfalto. Como se tratava de uma descida, o Corcel andou alguns metros e parou escorado em um barranco. “Tudo indica que havia duas pessoas com ele, pois o banco do passageiro está levantado, para que alguém que sentava atrás pudesse sair”, comentou a soldado Suzana, do Regimento de Polícia Montada, que atendeu a ocorrência junto com o soldado Ubiratã.

Droga

Luiz morava em Alagoas, segundo sua mãe contou para os PMs, e vinha visitá-la esporadicamente. Durante o dia ele foi visto por várias pessoas da região e, por volta das 17h30, teria entrado na casa de sua mãe e apanhado alguma coisa no guarda-roupas dele. “Ela disse não ter visto o que Luiz pegou”, relatou a policial. Uma jaqueta jeans e uma maleta de couro, deixadas no banco de trás do automóvel, não foram reconhecidas pela mulher como sendo pertences de seu filho. Também foram encontradas contas de luz em nome de duas pessoas e uma agenda, em nome de uma mulher.

Desde a hora em que foi morto até a conclusão dos trabalhos da perícia técnica, o telefone celular não parou de tocar, na mão sem vida de Luiz. “O aparelho e a substância encontrada serão levados para análise e as ligações rastreadas”, disse o perito Antônio Carlos, do Instituto de Criminalística. O pacote de crack estava embaixo das pernas de Luiz. A trajetória da bala será identificada na necropsia, para definir se o assassino sentava ao lado ou atrás da vítima.

Os investigadores Rommel e Augusto, da Delegacia de Homicídios, tentaram conseguir alguma informação com familiares da vítima, mas obtiveram pouco sucesso. “Eles estão nervosos, mas amanhã iremos conversar novamente com eles e intensificar as investigações”, disse o policial.

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