Estourado local de venda de drogas para grã-finos

A polícia de Piraquara estourou um ponto de venda de drogas no centro de Curitiba, às 21h30 de terça-feira. Meio quilo de maconha e 600 frascos de lança-perfume foram encontrados no apartamento número 3, na Rua Sete de Setembro, 2.236, no 2.º andar, que era freqüentado por viciados da alta sociedade. De acordo com a polícia, o chefe do “negócio” é João Carlos Venâncio, mais conhecido como “João Carlos Vibe”, 18 anos, que está foragido e é grande fornecedor de drogas em boates de Curitiba. O dono da moradia, Manoel Henrique Santos, 21, foi preso e autuado em flagrante por tráfico de drogas pelo delegado Joel Bino de Oliveira. No momento do flagrante, dois rapazes pularam do prédio na tentativa de escapar da polícia. Um deles caiu de pé e saiu correndo. O outro, quebrou o fêmur e foi conduzido pelos próprios policiais ao Hospital Cajuru. Depois foi feito um termo circunstanciado por uso de entorpecentes.

Vício

O escrivão Carlos Eduardo informou que na sexta-feira policiais militares da Rone – Ronda Ostensiva de Policiamento Especial – detiveram dois viciados em Piraquara. Eles foram ouvidos e liberados, já que a nova lei diz que em casos de usuário deve ser feito apenas um termo circunstanciado. Em seus depoimentos, os detidos contaram à polícia onde compravam a droga. Os policiais de Piraquara foram até o local e ficaram observando a movimentação. “O consumidor chegava na frente do prédio e assobiava. Uma pessoa jogava a chave e o viciado subia”, contou o policial. Ele disse que quando um dos dependentes apanhou as chaves eles entraram junto e bateram na porta. Ao se identificar como policiais, dois rapazes pularam a janela. Um deles estava fumando um baseado (cigarro de maconha) e se machucou. “Acreditamos que o outro era o João Carlos”, salientou o escrivão.

O delegado Joel Bino de Oliveira disse que as investigações continuam no sentido de localizar e prender João Carlos. “Temos informações que ele comercializa drogas dentro de boates, freqüentadas pela alta sociedade”, disse Joel.

Negativa

Manoel disse que é viciado em drogas, mas é trabalhador. Ele alegou que não sabia que o tráfico de drogas era feito em seu apartamento. “Eu trabalho das 9h às 18h e moro sozinho. O João é meu amigo e eu emprestava a chave quando ele me pedia. Achei que era para jogar videogame”, justificou. Apesar de estar em casa durante a noite, quando era feito o comércio de lança-perfume e de maconha, Manoel garantiu que não sabia o que estava acontecendo. (VB)

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