Esquina de Curitiba vira ponto de marginais

Parar o carro no semáforo da esquina da Avenida Comendador Franco (Avenida das Torres) com Rua Guabirotuba, no Jardim Botânico, está se tornando extremamente perigoso, principalmente para as mulheres. Malandros de plantão estão agindo no local e, utilizando pedras, quebram os vidros e roubam bolsas, celulares, documentos e o que mais estiver à vista, sobre os bancos do automóvel. Nos últimos dias, o número de ações dos marginais aumentou consideravelmente. Na última semana, a Delegacia de Furtos e Roubos registrou dez ocorrências do gênero. O delegado Alfredo Dib confirmou os dados e disse que estão sendo realizadas investigações para coibir essas ações. “Já temos alguns indivíduos presos”, informou o policial.

Ação

Uma das vítimas dos assaltos entrou em contato com a Tribuna para relatar como agem os marginais e para que a informação se transformasse em um aviso à população. Segundo o relato, por volta das 15h, ela seguia no sentido de São José dos Pinhais e parou o carro no lado direito da pista da Avenida das Torres, aguardando a abertura do semáforo. Mesmo tomando o cuidado de estar com os vidros fechados e com a película de insulfilme, um homem se aproximou do carro para ver quais objetos estavam sobre o banco. Ao avistar um telefone celular, imediatamente puxou uma pedra e atirou no vidro lateral dianteiro, estraçalhando-o. Num movimento rápido, o rapaz se esticou, puxou o celular e saiu andando calmamente em direção à Vila das Torres e desapareceu.

Indignada com a situação, a vítima registrou queixa na DFR, onde constatou a série de roubos que tem ocorrido no local. “Eles agem principalmente contra mulheres, preferencialmente quando estão sozinhas”, contou. As universitárias que utilizam o caminho para ir até o campus da PUC também estão sendo atacadas, de acordo com a depoente.

Insegurança

A vítima, que é advogada, contou que quando passa pela região convive com o clima de insegurança. “Os marginais agem e se escondem facilmente na Vila das Torres. Dá medo passar pelo local”, desabafou. Segundo ela, nem mesmo o módulo policial da PM, situado a cerca de 200m da esquina da Avenida das Torres com a Rua Guabirotuba, inibe a ação dos assaltantes. Nessa mesma esquina, a PM reservou uma área para que uma viatura ficasse observando a movimentação de marginais na área, mas, segundo a advogada, no horário do furto o posto de observação estava vazio.

“Dá vontade de mandar fazer uma faixa com os dizeres ‘área sujeita a assalto’ e colocar no local”, ironizou a vítima.

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