Esquadrão antibomba detona artefato em agência dos Correios

Vestígios de pólvora, fios, bateria e diversas notas de R$ 50. Foi isso que a polícia encontrou no pacote detonado pela Equipe Antibomba do Comando de Operações Especiais (COE), em uma agência dos Correios, no Alto da XV, no final da manhã de ontem. A Polícia Federal irá analisar a caixa, para tentar descobrir qual era seu conteúdo e se realmente se tratava de um artefato explosivo.

O material suspeito, que pesava 1,2 quilos, foi deixado por uma mulher na tarde de quinta-feira e deveria ser enviado para Guaianazes (SP). Porém, no momento que manuseavam o pacote, funcionários da agência perceberam que a temperatura da caixa estava muito alta e desconfiaram. ?Pela manhã, o pacote continuava quente. Entramos em contato com a Central dos Correios, que avisou o Corpo de Bombeiros?, relatou Marcos Antônio Ramos, que recebeu o material.

A desconfiança também se deu porque a pessoa que entregou a caixa informou que estava de passagem por Curitiba e o endereço do remetente também era de Guaianazes.

Susto

Por precaução, policiais e bombeiros isolaram a área, o que deixou moradores e comerciantes assustados, na esquina das Ruas XV de Novembro e Camões.

?A polícia usou um cão farejador para identificar indícios de explosivos e um espectômetro, instrumento que faz a leitura interna do pacote?, relatou o tenente Moreira, do Corpo de Bombeiros. Porém, nada foi detectado. ?Também houve tentativa de contato com o remetente ou destinatário, mas quando todas as medidas se esgotaram, só restou detonar a caixa?, concluiu o tenente.

A agência é terceirizada e administrada pela Associação dos Deficientes Físicos do Paraná (ADFP). O presidente da ADFP, Mauro Vincenzo Cláudio Nardini, comentou que é a primeira vez, em 17 anos, que a agência recebe uma caixa com suspeita de bomba.

Embalagem suspeita na PCE

Márcio Barros

Fábio Alexandre
Objeto, aberto em local deserto, não continha explosivos.

No começo da tarde, a mesma equipe do COE foi chamada para averiguar uma caixa suspeita, no interior da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara. O embrulho, com informações truncadas, tanto do remetente quanto do destinatário, tinha em seu interior objetos que, no raio-x, levantaram a suspeita de ser uma bomba. Uma hora depois, seguindo procedimentos internacionais de desarmamento de bombas, os policiais do COE identificaram que, na caixa, havia apenas pertences pessoais.

?O objeto foi levado para um local isolado e, em seguida, fizemos o desarmamento de prevenção. Não encontramos nenhum artefato explosivo?, explicou o capitão Vieira. Segundo ele, os agentes tomaram a atitude correta acionando o Grupo Antibomba.

O capitão descartou a possibilidade da bomba dos Correios e a suspeita na PCE estarem relacionadas. ?Já tivemos outras situações de vários casos de suspeita no mesmo dia, mas não passaram de coincidência?, completou.

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