Embrulho escondia cadáver no Jardim Botânico

Uma mulher branca, de olhos e cabelos castanhos, que tinha uma tatuagem tribal no ombro direito e outra com as letras AM no antebraço também direito, foi assassinada por estrangulamento. O cadáver, acondicionado em um saco de nylon amarrado pela boca, foi abandonado na Avenida Presidente Affonso Camargo, debaixo do viaduto da BR-116, no Jardim Botânico. Até a noite de ontem, a vítima – que aparentava ter cerca de 30 anos – permanecia sem identificação no necrotério do Instituto Médico Legal (IML), aumentando ainda mais o mistério que envolve o caso.

O corpo foi achado por um curioso, às 7h da manhã de ontem, atraído pelo grande embrulho branco. Ele acionou a Polícia Militar, que por sua vez comunicou a ocorrência à Delegacia de Homicídios. Ainda no local, foi constatado que o saco usado para ocultar o cadáver normalmente é utilizado para armazenar produtos agrícolas. No lado de fora havia a inscrição “Aureo Malinoncz e Curitiba”, além de um número de série. A PM e a DH não têm pistas dos responsáveis pelo crime, mas suspeitam que o corpo foi jogado do alto do viaduto.

Documentos

No bolso da calça da vítima, a polícia recolheu alguns pertences, no mínimo intrigantes, que podem se transformar em importantes pistas para a investigação do caso: uma cueca azul e vários documentos (carteira de identidade, certificado de reservista, CPF e título de eleitor) em nome de Eronides Tavares da Silva, 37 anos.

Como muitas pessoas se aglomeraram ao redor do corpo, a Polícia Científica – também acionada para fazer levantamentos preliminares – preferiu não abrir o saco – bastante sujo de sangue – para verificar a causa da morte. O cadáver foi removido para o IML, onde constatou-se que ela foi vítima de estrangulamento. Ainda no IML, foi apurado que a desconhecida vestia blusa de malha listrada, blusa de malha verde, calça jeans branca e roupas íntimas na cor azul. Ela tinha 1.67m de altura e 68 quilos.

Além de tentar identificar a mulher, que teve suas impressões digitais colhidas, a polícia concentra suas investigações nos documentos encontrados em seu bolso.

Voltar ao topo