Dois mortos por ciúme

A Delegacia de Homicídios (DH) elucidou dois crimes, ocorridos no último fim de semana. Um deles é o assassinato do travesti Anderson Lopes, 27 anos, a ?Amanda?, ocorrido por volta das 23h de sexta-feira, no Rebouças. O outro ocorreu cerca de quatro horas mais tarde, contra o arquiteto Ângelo Augusto Dea Vanussa, 40, na saída de uma boate na Alameda Cabral, centro.

De acordo com o delegado Paulo Padilha, o assassino de ?Amanda? seria seu ex-companheiro André Tomazoni, que conviveu com ela por oito anos. Padilha diz que o casal teria matado duas pessoas, conforme registrado pela DH. ?Eles já estavam separados há algum tempo, e a ?Amanda? já estava com outra pessoa. Porém, André mostrou intenção de reatar o relacionamento, o que o travesti não aceitava. André teria ficado com ciúmes de ver ?Amanda? com outro. Eles também haviam brigado por causa de dinheiro?, analisou.

O delegado ainda acredita que André tenha se reunido com outros travestis para cometer o crime. O suspeito é do Rio Grande do Sul, por onde também tem histórico de homicídios. O travesti saiu da cadeia há quatro meses, onde cumpriu pena de cinco anos por homicídio. ?Ela ainda cumpria pena em regime semi-aberto, e por isso não deveria estar na rua fazendo programas?, concluiu Padilha. André está foragido.

Arquiteto

Paulo Renato Lucas, 42 anos, ex-namorado de Ângelo, apresentou-se na DH como autor do crime, levando também a arma utilizada. De acordo com Padilha, Paulo disse ter agido em legítima defesa, pois também foi agredido e mostrou diversos arranhões pelo corpo. O motivo, analisou o delegado, foi ciúmes pelo rompimento do namoro, pois Paulo viu Ângelo numa boate acompanhado de outro homem.

Padilha relata que, na hora em que Ângelo e seu namorado foram pagar a conta, Paulo os abordou e mirou uma arma para o rival. Ângelo entrou em luta corporal com seu ex-companheiro, que atirou. O arquiteto foi atingido no peito.

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