Discussão, tiroteio e morte na madrugada

Gritos e cinco tiros acordaram moradores da Rua Paulo Milani, Vila Liberdade, às 2h50 de ontem. Quatro balas perderam-se na escuridão e quinta causou a morte de um rapaz identificado como Nílson Pereira da Cruz, 19 anos, conhecido como “Negão”. A polícia não encontrou testemunhas, mas, por acaso, prendeu três rapazes que passaram pelo local do crime com um carro furtado.

Uma moradora do bairro disse que foi acordada pelo som de uma freada de carro, seguido por três disparos. “Alguém gritou ?pára, pára? e depois houve mais dois tiros”, contou a mulher, que não saiu com medo de levar uma bala. Só quando a rua silenciou a moradora olhou pela janela e viu o corpo da vítima estendido no chão. Nílson levou um tiro no peito e morreu na hora.

Prisões

A Polícia Militar foi chamada e enquanto fazia isolamento do local do crime viu passar o Gol AEJ-3814, de Colombo. Segundo o soldado Douglas, um dos PMs que atendeu a ocorrência, os cinco ocupantes do carro desceram e tiros foram disparados contra a equipe. “Acharam que era um cerco e tivemos que revidar”, disse o policial. Três suspeitos foram presos: Silvano Aparecido Rosa, 19 anos, e dois menores, de 16 e 17 anos. Os outros dois conseguiram escapar.

O trio foi levado à Delegacia do Alto Maracanã e, segundo o escrivão Ananias, confessou o furto do Gol, ocorrido na Vila Liberdade momentos antes das prisões. De acordo com o policial civil, o proprietário estava embriagado e não conseguiu fazer o carro funcionar. Pensou que estivesse sem gasolina, foi a um posto de combustíveis e ao voltar não encontrou mais o Gol. Os suspeitos furtaram o carro e confundiram o local de morte com uma blitz – eles negam, porém, que atiraram contra os PMs.

Facadas

Um dos menores detidos disse que foi esfaqueado pela vítima do homicídio há cerca de 10 dias. Mas, de acordo com Ananias, em princípio o garoto e seus comparsas não têm envolvimento com o assassinato. “É improvável que tenham cometido o assassinato, furtado o carro e retornado ao no local do crime”, falou.

Parentes e conhecidos de Nílson serão chamados à delegacia do Alto Maracanã para fornecer pistas do assassino.

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